Exportações do agronegócio batem recorde em fevereiro
O recorde aconteceu mesmo com o embargo imposto pela União Européia sobre a carne bovina "in natura" produzida no Brasil. Os países do bloco econômico deixaram de importar esse produto no dia 1º de fevereiro. As operações só foram retomadas, parcialmente, no dia 27.
Mesmo com o embargo, as vendas de carnes (bovina, suína e de aves) totalizaram US$ 1 bilhão, crescimento de 31,5% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2007. Os produtos florestais tiveram um incremento de 28,3% e os produtos do complexo soja, 40,6%. As duas maiores variações foram registradas em cereais, farinhas e preparações (168%) e suco de frutas (105%).
Levando em conta apenas a carne bovina "in natura" --que foi a que sofreu o embargo europeu--, as vendas ao exterior sofreram uma queda de 9,4%, para US$ 254,3 milhões. A quantidade vendida caiu 33,7%. O principal comprador foi a Rússia. O país sozinho importou US$ 74,4 milhões.
Já os demais tipos de carne tiveram aumento nas exportações. As vendas de frango "in natura" foram elevadas em 62,1%, impulsionada pelo aumento dos preços (34,4%). As vendas de carnes suína e de peru subiram, respectivamente, 44% e 37,9%.
As importações do agronegócio totalizaram US$ 1,1 bilhão em fevereiro, um aumento de 88,5% em relação a fevereiro de 2007. Esse aumento foi influenciado pelas compras de trigo (177,8%), borracha natural (111,7%), arroz (128%) e milho (496,7%).
Recorde em 12 meses
As exportações do setor do agronegócio chegaram a US$ 60,2 bilhões nos 12 meses encerrados em fevereiro. O valor é o maior já registrado pelo Ministério da Agricultura nesse tipo de comparação.
Para o ministério, esse recorde foi possível devido ao desempenho das exportações do setor no primeiro bimestre desse ano. As vendas ao exterior alcançaram US$ 9,1 bilhões, um crescimento de 24,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os produtos que mais contribuíram para esse desempenho foram as carnes e o complexo soja, com vendas de, respectivamente, US$ 2,9 bilhões e US$ 2,6 bilhões.
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