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Polícia Brasil
Quarta - 05 de Março de 2008 às 13:09

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Uma nova rota importante do tráfico mundial de drogas é um dos principais pontos do Relatório Anual da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), com sede em Viena, Áustria. Segundo o documento, cerca de 25% do total de 200 a 300 toneladas de cocaína consumidas na Europa, chegam pela África, saindo da América do Sul e passando, muitas vezes, pelo Brasil.

O relatório, divulgado pelo Escritório da Organização das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (Unodc), informa que, segundo autoridades de Guiné Bissau, cerca de 60% da cocaína que chega ao país passam pelo Brasil e 40% vêm diretamente da Colômbia. As apreensões da droga no oeste da África passaram de 33 toneladas em 2005, para 40 toneladas em 2007, um aumento de mais de 20%.

O fato, segundo o representante do Unodc para o Brasil e Cone Sul, Giovanni Quaglia, tem a ver com as relações estreitas entre Brasil e África. "Por várias razões, tanto comerciais quanto culturais, o Brasil tem muito intercâmbio com os países da África. Então, se detectou nas apreensões, sobretudo em Guiné Bissau e Cabo Verde, que a cocaína chegava do Brasil", explicou.

Entre as recomendações contidas no documento, a Jife diz que é preciso fortalecer a cooperação das autoridades brasileiras com os organismos policiais dos países da África para a investigação e o julgamento de todos os envolvidos.

Dados do Unodc mostram que há no mundo 14,3 milhões de usuários de cocaína. Em 2006, de toda a plantação mundial de coca, 50% estavam na Colômbia, 33%, no Peru, e 17%, na Bolívia. O Brasil tem fronteira com os três países que controlam a produção mundial da substância. O relatório mostra que as organizações se aproveitam da situação geográfica do País e das zonas escassamente povoadas da selva amazônica para transportar pasta de coca e cocaína, fazendo com que cheguem, posteriormente, à África, à Europa e à América do Norte.





Fonte: AE

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