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Internacional
Terça - 04 de Março de 2008 às 19:18

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A Colômbia assegurou nesta terça-feira (4) que o Equador e a guerrilha das Farc estabeleceram um "governo conjunto" na fronteira binacional, e disse que irá denunciar o caso aos organismos internacionais.

"O que existe ali é um governo conjunto, o que é muitíssimo preocupante e acreditamos que deva ser conhecido pelas instâncias internacionais, porque representa uma grave ameaça à segurança do Estado colombiano", disse o alto comissário para a paz de Bogotá, Luis Carlos Restrepo.

A denúncia coincide com o anúncio do presidente colombiano Alvaro Uribe de que irá levar para a Corte Penal Internacional (CPI) o presidente venezuelano, Hugo Chávez, "por patrocínio e financiamento de genocidas", devido à suposta entrega de US$ 300 milhões (cerca de R$ 501,6 milhões) às Farc.

As acusações contra Chávez e o presidente equatoriano, Rafael Correa, têm como origem documentos encontrados em dois computadores do número dois das Farc, Raúl Reyes, morto no sábado em uma operação colombiana em solo equatoriano.

Por essa operação, Correa rompeu na segunda-feira (3) as relações com a Colômbia, enquanto Chávez expulsou da Venezuela os funcionários da embaixada colombiana.

Restrepo manifestou preocupação particularmente com as duas mensagens de Reyes para a cúpula rebelde, informando sobre reuniões com o ministro equatoriano de Segurança Interior e Exterior, Gustavo Larrea.

"Nessas mensagens são tomadas uma série de decisões políticas, afirmando expressamente que o presidente Correa está disposto a receber o secretariado (os líderes) das Farc em Quito, e que iria fornecer documentos falsos para isso", disse.

Larrea acrescentou que as mensagens citam a possibilidade "de uma política conjunta de fronteiras", mostrando que o governo do Equador "tinha conhecimento da presença dessa estrutura no norte do país."





Fonte: AFP

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