<b>Ibope: 95% apóiam pesquisa com células-tronco</b>
Pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, aponta que 95% dos brasileiros são a favor de pesquisas com células-tronco. A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 29 de janeiro de 2008 e ouviu 1.863 brasileiros, com idades entre 16 e 70 anos. Entre os entrevistados, 1.230 se disseram católicos e 386 evangélicos. Os dados foram divulgados na segunda-feira.
A partir de amanhã, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar uma ação direta de inconstitucionalidade movida pelo ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles contra a Lei de Biossegurança (nº 11.105), de 3 anos atrás, que permite o uso de células-tronco embrionárias em pesquisa e terapia. A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou na sexta-feira que enviará carta ao STF pedindo o deferimento da ação.
Dos entrevistados que concordam com a pesquisa para o uso de células-tronco embrionárias, 97% têm Ensino Superior. Já aqueles que têm até a 4ª série do Ensino Fundamental somam 94% de aceitação. Entre os que têm nível superior, 3% discordam da pesquisa com células-tronco. Já entre os que têm até a 4ª série do Ensino Fundamental, o índice de discordância é de 6%.
Quando são realizadas análises por religião, a pesquisa mostra que 95% dos católicos e 94% dos evangélicos concordam com as pesquisas para o uso das células-tronco embrionárias para recuperação de doenças. Já 6% dos evangélicos e 5% dos católicos discordam a iniciativa.
A região Sul apresenta maior nível de aceitação para pesquisa de uso das células- tronco (98%), seguida do Sudeste (96%), do Nordeste (94%) e do Norte/Centro-Oeste (91%). Quando os entrevistados são analisados por localidade, 98% dos que estão em periferias apóiam a questão, unindo-se a 95% no interior e 93% nas capitais.
"A pesquisa apontou que os brasileiros têm um pensamento contemporâneo e apóiam as pesquisas com células-tronco embrionárias como forma de desenvolver novas oportunidades no campo da medicina. Isso indica que estamos preparados para analisar por outros aspectos as atitudes que são, realmente, em favor da vida", explicou a coordenadora de Católicas pelo Direito de Decidir, Dulce Xavier.
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