Estudo detecta mutação genética que dá longevidade
Cientistas americanos identificaram uma série de mutações genéticas nos receptores de um hormônio do crescimento que poderiam ser responsáveis pela longevidade, segundo um estudo publicado na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa sobre o Envelhecimento, em Nova York, estudaram um grupo de judias centenárias de origem européia e seus descendentes, e concluíram que a mutação estava presente nas mulheres de estatura normalmente 2,5 cm abaixo da média.
Segundo os cientistas, as mutações afetam o receptor do hormônio de crescimento IGF1, que controla o crescimento e maturidade do corpo, especialmente durante a puberdade.
Tornando o receptor ligeiramente defeituoso, as mutações podem dificultar a “acoplagem” do hormônio ao receptor e desacelerar o processo de maturação e envelhecimento.
O hormônio influencia o desenvolvimento de quase todas as células do corpo.
Estudos anteriores em animais concluíram que certas variações de genes ligados ao hormônio IGF1 podem estender a vida deles dramaticamente.
Os cientistas identificaram as mutações depois de analisar o código genético de 384 participantes com idade entre 95 e 110 anos, com idade média de 100 anos.
Os resultados foram comparados à análise de DNA de outras 312 pessoas vindas de famílias com média de vida normal, que não chegaram aos 95 anos.
Testes nas células das mulheres centenárias mostraram que elas tinham menos sensibilidade ao hormônio, sugerindo que as mutações prejudicavam a habilidade do corpo de envelhecer normalmente.
Os cientistas ainda concluíram que a circulação do IGF1 era 37% mais alta entre essas mulheres, provavelmente para compensar o receptor defeituoso.
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