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Economia
Domingo - 02 de Março de 2008 às 12:45
Por: Valéria Cristina Carvalho

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O crescimento econômico que vem sendo experimentado por algumas cidades do interior de Mato Grosso está resultando em um processo que normalmente é vivido com mais freqüência apenas em grandes municípios: o aquecimento do mercado imobiliário. Cidades como Pontes e Lacerda e Lucas do Rio Verde, por exemplo, que não chegam a ter 40 mil habitantes, praticamente não têm hoje casas para alugar ou vender. As poucas encontradas são comercializadas a valores compatíveis com a Capital do Estado.

Até grandes construtoras que atuam basicamente em Cuiabá estão sendo contatadas para construir prédios no interior. Em alguns casos, prefeituras como a de Lucas passaram a ter na habitação uma de suas preocupações principais. Naquele município a prefeitura tem buscado parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF) para construir condomínios a preços acessíveis e suprir a demanda da área. Essa demanda é aumentada constantemente por conta da chegada de pessoas à cidade para trabalhar nas empresas que estão se instalando. Muitas vezes, também, a empresa precisa buscar mão-de-obra fora por falta de qualificação dos locais. Tudo aumenta o fluxo de pessoas e a necessidade de moradia.

O chefe de gabinete da prefeitura de Lucas do Rio Verde, Carlos Girotto, destaca que só no ano passado, por um convênio com a CEF, foram construídas 2,5 mil casas no município. Até o final deste ano a previsão é de construir mais 2 mil unidades. Além disso a prefeitura ainda está fazendo loteamentos. "O mercado imobiliário está uma loucura. O aluguel é caro e mesmo assim não se acha casas para alugar. Por isso, a prefeitura está intervindo para amenizar a questão".

De acordo com Girotto, a cidade tem hoje 2,3 mil indústrias (de todos os portes). Só em 2007 364 novas empresas foram abertas (comércio, indústria e prestação de serviço). Este ano, até agora, já são 92 novas, além de uma fila de espera de 242 que pretendem se instalar no Distrito Industrial. O chefe de gabinete estima que o município esteja crescendo à taxa de 20% ao ano, de uma ano e meio para cá. A média de crescimento antes era de 10%.

Em Lucas estão grandes indústrias com Sadia (deve chegar a 5,8 mil empregados até 2009), Danica (produção de telhas térmicas para aviários - 160 empregos), Amaggi (256 empregos) e usina de biodiesel Fiagril (82 empregos). Além dos incentivos fiscais que as empresas podem conseguir do governo do Estado, por meio dos programas de desenvolvimento, também a prefeitura tem suas próprias formas de incentivo. Para quem se instala no Distrito Industrial é dada isenção do alvará de construção.





Fonte: A Gazeta

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