'Não existe crise de poderes', diz Lula
Após dizer, na quinta-feira (28), que "seria bom se o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas dele", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta sexta-feira (29) que exista uma crise entre os poderes.
"Não existe crise de poderes neste país até porque cada poder tem autonomia suficiente e nós aprendemos que a sustentabilidade da democracia está no fato de você respeitar a autonomia de cada um", afirmou, em entrevista em Aracaju, onde participou de um encontro com os governadores do Nordeste.
Na quinta, Lula disse que "seria tão bom se o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas dele, o Legislativo apenas nas coisas dele, e o Executivo nas coisas dele".
O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, já se posicionou contra a ampliação de programas sociais do governo neste ano de eleições municipais.
Nesta sexta, Marco Aurélio voltou a criticar a ampliação dos programas, o que, segundo ele, pode provocar “desequilíbrio na disputa eleitoral”.
“O que eu disse, repito: no ano eleitoral não podemos ter incremento, alargamento de programas sociais. Está em bom português na Lei 9.504 [Lei das Eleições, de 1997]. Em direito, o meio justifica o fim, mas não o fim o meio. O programa pode ser elogiável, mas tem época em que não deve ser implantado”, afirmou.
Na entrevista concedida nesta sexta após o encontro com governadores, Lula disse que não mencionou o nome do presidente do TSE quando falava sobre os poderes.
Sem nomes
"Primeiro, eu não citei o nome do ministro. Segundo, eu disse que se a lógica prevalecer de que o governo federal não pode fazer parcerias com municípios no ano que antecede as eleições municipais em que o governo federal não disputa eleição ou no ano que o presidente da república disputa eleição, que não é mais o meu caso, significa que num mandato de quatro anos você vai governar dois anos", disse.
Lula também disse que tem cumprirá qualquer sentença transitada em julgado e que "pode dar palpite". "Da mesma forma que, como ser humano e brasileiro, as pessoas dão palpite sobre as coisas, o presidente da República pode dar palpite e julgar os palpites dos outros. Afinal de contas, aí está um debate político", afirmou.
(Com informações da TV Sergipe e da Globo News)
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