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Sexta - 29 de Fevereiro de 2008 às 15:22

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Em funcionamento desde a década de 80, a rodoviária interestadual de Várzea Grande, ponto de passagem para quem tem como destino o norte e sul do Estado e do País, é atualmente um espaço obsoleto, faltam estrutura, conforto e segurança aos usuários. Diante do quadro o prefeito Murilo Domingos confirmou a realização de uma reunião no próximo dia 5, na qual o grupo de trabalho que foi formado entre técnicos municipais e estaduais vai apresentar qual é o melhor espaço para abrigar o projeto do novo terminal interestadual.

Há cerca de dez dias, o grupo identificou seis áreas na cidade com potencial para o empreendimento e até o dia 5, o local tem de estar definido.

Passam pela rodoviária, localizada na Avenida Júlio Campos, cerca de 150 ônibus diariamente, cada um tem fluxo de embarque de cerca de 20 pessoas/dia, o que totaliza aproximadamente, 3 mil passageiros que dependem desta estrutura para seu deslocamento. Cada um deles paga R$ 1 de taxa de embarque.

Além da falta de assentos e ventilação para quem espera pelo ônibus, a sujeira, o trânsito de animais e a falta de segurança são queixas constantes de quem freqüenta a rodoviária.

Dona Iraci Lima, aposentada, conta que pelo menos quatro vezes por ano visita sua filha no interior do Estado e que pela rodoviária ser ponto de passagem de vários ônibus, há sempre atrasos. "Como aqui não é ponto inicial de viagem e nem final, pegamos ônibus que estão em trânsito e os atrasos fazem com que a gente fique mais tempo exposta a esta falta de conforto e segurança, sem falar nos gastos de R$ 1 para cada vez que tenho de ir ao banheiro".

Para Givanildo Malaquias, motorista de uma das mais de 20 empresas de transporte de passageiros que atendem aos várzea-grandenses, o grande problema que ele enfrenta é a localização da rodoviária. "Daqui até a rodoviária de Cuiabá são cerca de 40 minutos de trânsito. Isso porque minha rota é pela ponte Mário Andreazza, mas tem colegas que pegam pela cidade, mesmo", reclama. Há 18 anos nesta função, Malaquias diz que a rodoviária de Várzea Grande é uma das piores que ele freqüenta. "Para estar aqui, passamos por quebra-molas, semáforos e tudo isso incomoda o passageiro que já está cansado e atrasa a viagem", argumenta.

Ação

As deficiências da rodoviária estão apontadas numa Ação Civil Pública interposta pelo Ministério Público Estadual. Em 2005 o espaço foi vistoriado pela Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) que apontou inúmeras irregularidades no espaço. Na semana passada, a FPI retornou ao local, com apoio da secretaria municipal de Meio Ambiente e Agricultura (Semma/VG) para checar se as irregularidades observadas anteriormente já haviam sido reparadas. O relatório desta segunda vistoria seguirá para o juiz Rodrigo José Curvo, da 3ª Vara de Fazenda Pública de Várzea Grande, onde está o processo número 449/2006.

Município

O espaço que será referendado pela administração, deverá atender às diretrizes do Plano Diretor da cidade, e abrigará, além das plataformas de embarques e desembarques, uma rede de serviços, com lojas, praça de alimentação e lazer.

O projeto é inspirado no terminal de Goiânia, que oferta aos usuários espaço de serviços como o Ganha Tempo em funcionamento no centro de Cuiabá, praça de alimentação e cinemas. Para Várzea Grande o projeto a ser aprovado, prevê três pavimentos, sendo o térreo para a rodoviária, um segundo para lojas e prestadores de serviço, como médicos e advogados e no piso superior auditório, cinemas e lanchonetes.





Fonte: Mato Grosso Online

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