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Economia
Sexta - 29 de Fevereiro de 2008 às 08:59
Por: Fabiana Reis

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Quatro fazendas de Mato Grosso estão incluídas na lista das 106 propriedades brasileiras suspensas do embargo às exportações da carne bovina in natura à União européia (UE). A quantidade representa 3,7% do total de estabelecimentos aptos a vender ao bloco. Desde ontem os oito frigoríficos do Estado habilitados à vender para a UE estão autorizados a comprar bois destas propriedades e enviá-los em forma de cortes nobres ao bloco. As exportações foram suspensas no dia 1º deste mês.

As informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As outras propriedades suspensas do embargo estão localizadas em Minas Gerais (86), Rio Grande do Sul (11), Goiás (2) e Espírito Santo (2). No entanto, ainda não há uma data certa de quanto o certificado de exportação, documento necessário para a venda aquele mercado, voltará a ser emitido, já que o ministério terá que seguir alguns procedimentos burocráticos para retomar a emissão.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, a quantidade de fazendas mato-grossenses listadas nesta primeira remessa de liberação é insignificante, pois não dá para formar um lote de exportação para o mercado europeu. Tomando por base as exportações realizadas por Mato Grosso ao bloco em 2007, quanto totalizou 40,870 mil toneladas de carne negociada com a UE, o envio diário de carne atingiu 141,9 toneladas.

"Não podemos deixar de considerar que é um sinal de que a União Européia reconhece que não se trata de um problema de sanidade, mas sim de rastreabilidade. Esperamos que logo esta lista seja ampliada porque o número de propriedades é muito pequeno". O presidente da Famato completa ainda que quem está perdendo com o embargo à carne brasileira é o consumidor europeu que sofrerá com a falta do produto no mercado interno e os preços serão elevados.

O credenciamento das fazendas não interfere no cronograma dos técnicos da missão que está no país auditando as propriedades para avaliar o sistema de rastreabilidade brasileiro. Ao todo serão visitados 26 municípios que abrangem entre 25 e 30 fazendas. A auditoria segue até o dia 11 de março e tanto o ministério quanto as autoridades de defesa agropecuária do Estado ainda mantêm sigilo sobre o roteiro dos técnicos, afirma apenas que a maioria das fazendas está em Minas Gerais.





Fonte: A Gazeta

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