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Polícia Brasil
Quinta - 28 de Fevereiro de 2008 às 13:02

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Policiais do setor de inteligência da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro prenderam, na manhã de hoje, quatro empregados do terminal de contêineres Poliportos. Eles são acusados de furtar equipamentos contendo dados sigilosos da Petrobras. Parte dos materiais furtados também foi recuperada, informou a PF.

Segundo a instituição, a hipótese de espionagem industrial está inicialmente descartada. Com os presos também foram encontrados equipamentos de informática de outras empresas que utilizavam o terminal. Os funcionários foram presos em suas residências, afirmou a PF.

Dos equipamentos furtados da Petrobras, os agentes não localizaram apenas um disco rígido e um pente de memória.

Caso

O furto de dados sigilosos da Petrobras foi divulgado no dia 14 de fevereiro. Na ocasião, foram reportados o desaparecimento de um disco rígido e dois notebooks com informações sigilosas da empresa sobre as recentes descobertas de campos de petróleo e gás no litoral brasileiro.

Segundo a PF, o furto foi comunicado pela Petrobras no dia 1º de fevereiro, na sexta-feira de Carnaval. No entanto, as investigações só foram iniciadas no dia 6, primeiro dia útil após a festa.

No início da apuração, o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Valdinho Jacinto Caetano, informou que havia a possibilidade do furto ser espionagem industrial, isso porque os criminosos levaram discos rígidos. "Quem procura o HD (sigla em inglês de disco rígido) procura informações nele contidas", afirmou na ocasião.

No avanço dos trabalhos da PF, foi descoberto que os dados furtados eram de uma sonda que operou na descoberta de Júpiter, o megacampo de gás descoberto pela empresa na costa brasileira. A polícia também apontou que o crime ocorreu no porto do Rio de Janeiro.

Na investigação, também foram envolvidas as empresas Halliburton e a Transmagno, empresas contratadas pela Petrobras para o transporte dos equipamentos. Durante o processo, a segurança dispensada pela estatal aos seus dados foi criticada por especialistas e pela oposição ao governo no Congresso Nacional.





Fonte: O Dia

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