Mantega: Brasil caminha como se crise não existisse

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a dizer hoje que o Brasil não sofre com as conseqüências da crise financeira nos Estados Unidos que preocupa os mercados. Durante apresentação sobre a proposta da reforma tributária a empresários, no Palácio do Planalto, em Brasília, ele afirmou que "a economia brasileira vem caminhando como se essa crise não existisse".

"A Bolsa de Valores já recuperou tudo o que tinha perdido. Isso mostra o vigor da economia brasileira", disse. "O crescimento do Brasil já mudou de patamar, saímos daquele patamar medíocre e já estamos acima de 4%, que tende a se estabilizar em torno de 5%", completou.

Segundo o ministro, a crise internacional que se agravou no fim do ano passado diminuiu alguns fluxos, como o de aplicações em renda fixa, entre outros. "Mas fora isso não notamos nenhuma seqüela, tudo indica que deveremos atravessar essa crise sem grandes problemas e até fortalecidos", afirma.

Mantega afirmou que havia críticas em relação ao acúmulo de reservas, mas que, depois que eclodiu a crise internacional, as críticas cessaram. "Hoje as vozes se calam", disse.

"Nossa inflação hoje é menor que a da Rússia, da China, do Chile, da Colômbia. Estamos muito bem colocados no ranking da inflação sem que a economia seja sacrificada".

O ministro da Fazenda também ressaltou a expansão do volume de crédito. "Caminha para R$ 1 trilhão o volume de crédito no País", disse. "Podemos dizer que no Brasil hoje está se constituindo um mercado de massa, gerado pela expansão do emprego e da renda; pela política de salário mínimo, que esta se elevando nos últimos anos; e, fundamental, mudança no crédito, que está se expandindo", completou.