Aumentam acidentes fatais em estradas federais de MT

Apesar das ações de fiscalização, o número de mortes nas estradas federais nos dois primeiros meses do ano já é maior em 20% do que o mesmo período em 2007. Já são 32 mortes entre os dias 1º de janeiro a 25 de fevereiro de 2008, contra 26 do ano passado. O número de feridos também cresceu passando de 195 feridos para 229. Foram registrados ainda 398 acidentes contra 393 em 2007. Os dados foram divulgados pelo Núcleo de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Na tarde de 25 de fevereiro, mais duas mortes foram registradas. Os acidentes envolveram motos e os pilotos viajavam sozinhos.

Uma das vítimas trata-se de um jovem que pilotava sem carteira de habilitação. O adolescente Luiz Carlos Botelho de Souza, 17, trafegava pela BR-163 (que dá acesso a região Norte) com a motocicleta, quando no trevo que dá acesso à cidade de Marcelândia, perdeu o controle da moto, saiu da pista e caiu. Ele estava sozinho, não resistiu aos ferimentos e morreu no local do acidente. O outro acidente foi muito semelhante a esse. Na BR-158, que dá acesso a região Leste, João Borges Ferreira, 49, condutor da motocicleta, seguia de Barra do Garças para Vale dos Sonhos. No km 743, ele perdeu o controle na condução da moto, saiu da pista e caiu. João estava sozinho, não resistiu aos ferimentos e morreu no local do acidente.

Penalidades brandas, imprudência, buracos, falta de sinalização e condições ruins de trafegabilidade são fatores apontados para o crescimento dos acidentes nas rodovias federais que atravessam o Estado.

Na avaliação dos policiais rodoviários, a imprudência dos motoristas está presente na maior parte das colisões.

São comuns as notificações por ultrapassagens em faixa contínua e excesso de velocidade.

Hoje são cerca de 4,8 mil km de rodovias por onde trafegam mais de 10 mil caminhões diariamente. Outros 800 km de estradas, que são as rodovias estaduais, estão em fase final de construção e ligam Comodoro a Sapezal e a Diamantino, o que deve aumentar o tráfego e elevar os riscos de acidentes.