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Cidades/Geral
Terça - 26 de Fevereiro de 2008 às 08:53
Por: José Eduardo Moura

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A Páscoa é o dia mais importante para os cristãos, já que comemora a Ressurreição de Jesus Cristo, a passagem da morte para a vida. Pensar em morte e ressurreição, quando gozamos de plena saúde, pode parecer algo que está muito adiante do nosso tempo. Afinal, nos sentimos novos.

O tempo que antecede a Páscoa é a Quaresma, período de especial preparação, em que a Igreja caminha com os fiéis para a prática da conversão cotidiana e mudança de vida. Há quem pense que o tempo quaresmal seja vivido apenas por aqueles que estão na Igreja, os “carolas”. Mas esse tempo de “retiro” nos ajuda a ler as páginas de nossa vida sob a luz dAquele, que nos chama a nos aproximarmos dEle. Além da nossa alma, muitas outras coisas precisam ganhar vida nova em nós.

Inúmeras vezes somos influenciados por situações ou pessoas. Algumas influências são positivas; outras, quase nada. Sem muito esforço, notamos que aquilo que antes era importante, hoje deixou de ser; o que era tido como falta grave, com o tempo passou a ser considerado natural para muitos, sinal dos tempos.

As pessoas chegam a aceitar com tranqüilidade algumas questões polêmicas, que sutilmente diminuem o peso de um compromisso. Se houver repulsa quanto a esses conceitos, ninguém hesitará em condenar a Igreja como aquela que atravanca o “progresso”. Assim, a vida vem sendo mergulhada num mundo cinzento, tomado pela falta de esperança e de valores.

Nas grandes celebrações cristãs, é interessante notar que acontece também uma grande mobilização do comércio. Para a indústria, os quarenta dias que antecedem a Páscoa significam somente o tempo necessário para as investidas de marketing na venda de chocolates, presentes e decoração, tudo com motivos de simpáticos coelhinhos e ovinhos. Para a imprensa, significa mais uma oportunidade de divulgar o aquecimento das vendas no período e o corre-corre nos supermercados e lojas. Cercado por ações publicitárias milionárias, o povo acaba se lembrando dos propósitos reais da celebração cristã naquele segundo entre estar com o presente na mão e entregar a alguém muito querido.

Não podemos negar que somos também envolvidos por toda essa estratégia comercial. Mas, desde já, podemos nos propor a mudar esse cenário, buscando viver as celebrações de forma diferente, mudando nossas vidas e atitudes. É importante nos juntarmos àqueles que aguardam, em vigília, a Ressurreição de Cristo. Devemos pedir a Deus que essa ressurreição também aconteça em cada um de nós.

*José Eduardo Moura é missionário da Canção Nova (www.cancaonova.com)





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