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Cidades/Geral
Terça - 26 de Fevereiro de 2008 às 06:50

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Falhas no rastreamento de bovinos levam o Ministério da Agricultura a intensificar a fiscalização nas certificadoras. Essas empresas são responsáveis por habilitar as propriedades candidatas a entrar no sistema e também renovar o credenciamento.

Numeração extensa, código de barra. O brinco está muito distante de se parecer com uma jóia. Mas as informações contidas nele valem ouro. No Sisbov, boi não é um bicho qualquer.

“O número é cadastrado em um banco nacional de dados, onde esse banco é alimentado pela certificadora com todos os eventos que são feitos na propriedade. As movimentações feitas, de onde vieram os animais, para onde saíram os animais para abate, os tipos de vacinas, o tipo de medicamento o tipo de alimentação que esses animais receberam”, disse o veterinário Alex Leite da Silva.

A tecnologia de ponta tem dado é dor de cabeça. Um veterinário que trabalha para uma empresa que habilita propriedades a ter o rebanho rastreado sente na pele os efeitos da delicada relação comercial com os europeus.

“Alguns produtores ainda ficam com medo de certificar todo o rebanho, da perda de brincos e não dão continuidade no que foi feito na propriedade dele”, disse Alex.

A crise com a União Européia provocou uma corrida ao Ministério da Agricultura. A suspensão das exportações da carne brasileira intensificou um dos trabalhos naturais do ministério: a auditoria nas fazendas que fazem parte do Sisbov. No ano passado foram 56, já neste ano, em apenas um mês, 800 propriedades foram visitadas. O resultado surpreendeu. Apenas 30% foram aprovadas.

A Superintendência Federal de Agricultura, que neste ano contou com a ajuda de mais de 40 servidores do Indea, quer encurtar as rédeas não só dos fazendeiros, mas das certificadoras.

“No ano passado nós auditamos todas as certificadoras do estado e chegamos a suspender e descredenciar algumas certificadoras, que ainda permanece hoje nessa situação. São seis, as certificadoras que permanecem suspensas ou descredenciadas, devido o nosso trabalho no ano passado”, explicou Plínio Leite Lopes, superintendente substituto do Mapa/MT.

Para este ano o pente fino ainda mais estreito já mexeu com o ânimo de quem também é responsável pela qualidade do boi no pasto.

“O produtor terá que dar continuidade a isso. Se ele não der continuidade, a certificadora vai ficar como a vilã da história, sempre”, disse Alex Leite da Silva.





Fonte: Redação TVCA

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