Caso Petrobras: descoberta de 3º furto envolve nova empresa
A descoberta por funcionários da Halliburton na última sexta-feira de mais um furto de dados da Petrobras envolve mais uma empresa no processo. Segundo fontes da Polícia Federal (PF), funcionários da transportadora HM, que tiveram contato com a caixa violada, serão convidados a depor. A embalagem estava sem o lacre e o computador que se encontrava dentro dela, sem o drive de DVD e o disco rígido.
A transportadora HM confirmou que presta serviços para a Halliburton entre o porto do Rio de Janeiro e Macaé, mas afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso, pois não foi comunicada a respeito de sua participação nas investigações. Um funcionário da HM disse que ainda precisava levantar que dia a caixa violada teria passado pelos serviços de transporte da empresa.
Para investigar os dois primeiros furtos, do contêiner e de uma outra caixa, a PF havia interrogado funcionários de outra transportadora, a Transmagno. A polícia não disse que informações havia no computador do terceiro crime descoberto.
Hoje a delegada Carla Dolinski ouve quatro funcionários da Halliburton, sendo que três deles estão depondo pela segunda vez. O advogado da empresa, Bruno Justo, disse na Polícia Federal do Rio de Janeiro que tudo o que a companhia tem a declarar será para a PF.
Ainda segundo fontes da PF, agentes de Macaé e um delegado de Brasília estão hoje no Rio periciando a CPU do terceiro furto. Não se sabe quando cada caixa foi violada.
A PF diz que ainda não tem conclusão alguma sobre os furtos.
Entenda o caso
Funcionários da empresa americana Halliburton, que estava de posse de computadores com informações sobre o campo de gás de Júpiter, notaram no dia 31 de janeiro que o cadeado do contêiner onde estavam equipamentos havia sido trocado. O material vinha da bacia de Santos e foi levado do porto santista até Macaé pela transportadora Transmagno. Segundo a Polícia Federal, os indícios apontam para crime de espionagem industrial.
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