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Policia MT
Sexta - 31 de Maio de 2013 às 01:11
Por: Lucas Bólico e Darwin Júnior

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Um bebê de apenas um mês de idade foi raptado no bairro Pedra 90, em Cuiabá, na tarde de quinta-feira (30). A mãe da criança, R.T.I.S de 15 anos e seu esposo, Josias da Silva Soares, 20, registraram o boletim de ocorrência no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) Planalto.


 
 
De acordo com informações obtidas junto à Polícia Militar, a suspeita, apontada pela mãe da criança, é uma “mulher de cabelo vermelho de estatura baixa, gorda, com tatuagem de uma borboleta no lado esquerdo do ombro e uma letra ‘R’, trajando bermuda jeans branca curta e blusa preta regata”, que estaria em um veículo gol de cor escura, azul ou verde.

 
 
De acordo com o relato da mãe da criança feito aos policiais, a suspeita fez a abordagem no momento em que chovia no bairro. A mulher estava com o filho de nome Nicolas, na Rua Treze, protegida sob um toldo quando a suspeita se aproximou.

 
 
Conforme consta do boletim de ocorrência, a mulher de cabelo vermelho teria sugerido à mãe que fosse comprar um guarda-chuva e ofereceu R$ 100 reais para que efetuasse a compra. A suspeita se ofereceu para segurar a criança enquanto a mãe enfrentava a chuva para comprar a sombrinha. Pressionando muito a mãe e afirmando que o bebê podia pegar uma pneumonia, a suspeita tomou-o dos braços da mãe e a empurrou para comprar o guarda-chuva. Quando retornou, a suspeita havia sumido com a criança. 


 
De acordo com o esposo de R.T.I.S, Josias Soares, que trabalha como servente de pedreiro, a menor contou que vinha sendo seguida pela suspeita, identificada por ‘Ana’ desde que entrou no ônibus com destino ao Pedra 90. Eles teriam vindo de Várzea Grandes para visitar familiares naquele bairro.

 
 
Ao site Olhar Direto, Josias contou que a suspeita ofereceu cerca de R$ 5 mil em dinheiro para ficar com a criança, na tarde desta quinta-feira. “Minha esposa rejeitou a proposta, pois jamais venderia nosso filho. A mulher estranha insistiu dizendo que precisava levar o menino para mostrar ao marido que está chegando amanhã (segunda-feira) de Nova Iorque”. 

 
 
Josias relata que sua mulher, ainda quando estava no ponto de ônibus, ouviu a estranha conversando ao telefone, explicando que havia encontrado o que procurava. “Ela afirmava que se não fizesse isso, perderia o direito a uma pensão mensal de R$ 30 mil, pois garantiu que estava grávida de uma menina, mas que acabou sofrendo um aborto, fato que não foi relatado ao suposto pai. Ela já sabia que o bebê era um menino e não uma menina, como procurava. Então disse que aceitava assim mesmo e que vestiria a criança com roupas femininas para enganar o marido”, teria contado a mãe a Josias. 

 
 
“A estranha não se conformou e entrou no ônibus junto com minha esposa, insistindo na negociação. Até que chegaram no Pedra 90 e acabou lhe tomando a criança, na praça do Caic, no momento de uma chuva. Ela ainda viu a suspeita com a criança no braço entrar em um veículo gol bola geração 3 que seguiu pela avenida do meio”, contou Josias. O passo seguinte foi acionar uma guarnição da polícia que fez rondas no local e não localizou o veículo. No final da tarde, R.T.I.S. ainda saiu com uma viatura da Polícia Civil para buscas no Pedra 90. 

 
 
“Estou desesperado. Quero meu filho e vou até o fim. Isso não pode ficar assim”, afirmou Josias em entrevista, ainda na delegacia do Planalto.

 
 
O delegado Celso Renda Gomes, plantonista no Cisc Planalto informou que a polícia dará seqüência às investigações e que há um leque de possibilidades. Segundo ele, até o início da noite, não havia qualquer pista da mulher suspeita. “Já informamos todas as viaturas do Ciosp, que estão atentas e procurando pelos criminosos”, complementou. O caso deverá ser investigado pela Dedica (Delegacia Especial dos Direitos da Criança e do Adolescente).

 
 
Conselho tutelar


 
Informado da situação, o conselheiro tutelar Devair Cabral lamentou a situação. “Não podemos atuar diretamente na recuperação da criança. Essa é uma responsabilidade da polícia que deve procurar os suspeitos e investigar o caso até sua definição. Cabe ao Conselho Tutelar acompanhar a situação oferecendo amparo e assistência psicológica à mãe. Só após o procedimento policial serão tomadas as medidas concernentes ao Conselho Tutelar”, disse. 

 
 
De acordo com o conselheiro, raptos como o que ocorreu na tarde desta quinta-feira, no bairro Pedra 90, são raros na Grande Cuiabá. Ele lembrou que o último caso desta natureza registrado na capital foi o sequestro da menina Ida Verônica Feliz, em abril deste ano em uma situação que ainda não teve desfecho. Nesse caso, os suspeitos do rapto à garota de 8 anos são os pais biológicos, que eram traficantes, perderam a guarda de Verônica e hoje moram no exterior. Há indícios claros de que a menina não está mais no Brasil. 





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