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Economia
Segunda - 25 de Fevereiro de 2008 às 06:50

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A economia brasileira vai mostrando um balanço de 2007 melhor que o esperado. Os diversos setores econômicos apresentam dados superiores aos previstos. Isso aconteceu com a indústria, o comércio, o sistema de crédito e os vários segmentos, como o leasing. Os últimos dados demonstram que o PIB (Produto Interno Bruto) deve ter apresentado expansão superior a 5% em 2007.

No embalo desses bons números dá pra esperar que a economia brasileira repita um bom crecimento este ano, algo em torno de 4,5%. Apesar dos temores em torno da crise dos Estados Unidos e os possíveis efeitos que ainda possa ter sobre a economia mundial e o mercado financeiro. Enquanto o Brasil confirma a boa performance, a crise americana permanece cercada de dúvidas, inclusive em relação ao tamanho do rombo que gerou para o sistema financeiro.

Mas o Brasil, com um crescimento muito voltado para o mercado consumidor doméstico pode passar por essa crise sem maiores dificuldades ou mudanças de rumos. No que se refere à relação com o exterior pode até haver novas perdas quanto ao desempenho do mercado financeiro - a bolsa em particular. Mas o comércio exterior vai desenhando bons resultados, garantidos principalmente pelo avanço dos preços das commodities exportadas pelo Brasil, como os produtos agropecuários e o minério de ferro.

O descolamento de boa parte da economia mundial do que acontece nos Estados Unidos, tende a manter o comércio mundial aquecido, o que já se detecta nesse comportamento dos preços. E o descolamento brasileiro também se confirma, na medida em que o País ainda convive com um bom ritmo de expansão dos diversos setores e também do crédito, que foi uma das principais alavancas do crescimento mais acelerado em 2007.

Um outro dado que reforça as perspectivas mais favoráveis é a expansão do investimento em produção, o que é demonstrado pelos dados referentes aos diversos setores, como a indústria, e a própria estimativa do PIB, além dos números relacionados às importações. É certo que o dólar mais baixo estimula as importações de um modo geral, especialmente de bens de consumo final. Mas os bens de capital, máquinas e equipamentos também estão no topo da lista. Indicação de que as empresas brasileiras estão aproveitando o custo menor para a aquisição de máquinas e equipamentos importados, que vão colaborar para a ampliação da capacidade de produção.

O Brasil segue o rumo do crescimento e dá sinais, bem confiáveis, de que pode atravessar essa fase de turbulência sem maiores problemas. Tanto que é possível até que atinja o investment grade - a nota máxima de investimento - antes que os Estados Unidos encerrem a fase de maior desaceleração de atividade. Essa possibilidade passou a ser considerada a partir da melhoria dos diversos fundamentos econômicos nas últimas semanas, com destaque para as contas externas, onde o País passou de devedor a credor.





Fonte: Folha Online

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