Terra tem preço baixo em Cáceres e Tangará da Serra

Os dados do Instituto FNP não apontam somente dados positivos para os preços das terras de Mato Grosso. Apesar de ter registrado bons incrementos, há regiões que continuam com os preços depreciados, caso de Cáceres e Tangará da Serra. A primeira está na segunda posição no ranking nacional entre as cidades que tiveram as maiores desvalorizações nos últimos 12 meses. Em janeiro/fevereiro o preço médio do hectare de pastagem formada no município era de R$ 1,641 mil, baixando 41% no final do ano, quando o mesmo hectare foi cotado a R$ 968.

Para o diretor do Sindicato Rural de Cáceres, Amarildo Merotti, a queda nos preços das terras na cidade é consequência do cenário na pecuária, que somente no final do ano passado esboçou uma recuperação, mas que este ano, com o embargo à Rússia (a partir de 2 de fevereiro), a situação deve ser agravar mais. "Nossa economia é basicamente a pecuária e com o fechamento deste mercado, as terras tendem a se desvalorizar, juntamente com o preço da arroba do boi", diz ao acrescentar que as vendas de imóveis rurais na cidade estão paradas e as exportações estão sendo direcionadas a outras nações como o Egito, para compensar a suspensão do envio da carne ao mercado russo.

Já em Tangará da Serra, última colocada no ranking, teve desvalorização de 28%, baixando de R$ 2,531 mil no início do ano (área também de pastagem formada), para R$ 1,833 mil no final de 2007. Na região a única terra que teve valorização no ano passado foi a destinada ao plantio de cana-de-açúcar, que passou de R$ 3,918 mil no primeiro bimestre de 2007 para R$ 4,009 mil no final do ano, majoração de 2,3%. O presidente do Sindicato Rural da cidade, Normando Corral, afirma que a recuperação nos preços das áreas de cana subiram nos últimos dois anos, impulsionada pela diversificação na produção da região. "Agora ao invés de só soja e pecuária temos também algodão e cana-de-açúcar, aumentando a quantidade de produtos e a finalidade para as terras", diz ao completar que as perspectivas para este ano são animadoras para a pecuária e para os grãos.