Carta "de morta" condena marido assassino
As palavras de Julie Jensen, deixadas em uma carta entregue a um vizinho, ajudaram a condenar seu assassino. O caso aconteceu no Estado americano de Wisconsin e levou o ex-marido de Julie, Mark Jensen, para a cadeia. A condenação, decidida ontem, ocorreu 10 anos após o crime. As informações são do site da CNN.
Mark, 48 anos, foi considerado culpado pelo envenenamento e sufocamento de Julie, ocorrido em 1998. A defesa dele alegou que ela teria se suicidado e simulado a forma da morte para incriminar o marido. Com a decisão do júri, Mark foi condenado à prisão perpétua. Ainda resta decidir se ele terá o benefício da liberdade condicional ou não.
A carta da Julie, onde ela detalhou suspeitas a respeito do marido e até como ele planejava matá-la, foi mantida fora do caso por anos devido a uma norma americana que dá ao acusado o direito de enfrentar seus acusadores. Mas, foi aberta uma exceção pela Suprema Corte de Wisconsin e a prova foi aceita somente como evidência do "estado de espírito" da vítima na época do crime.
Na carta, Julie afirmou também que estava bem e não sentia vontade de cometer suicídio. Ela instruiu seu vizinho para que entregasse a carta à polícia caso algo acontecesse com ela.
"Ela deixou um mapa da mina para seu assassinato", disse a jurada Sandra Schott. "E para seu assassino."
Após o julgamento, os jurados disseram que a carta alterou completamente suas deliberações, que começaram com cinco votos de culpado para o marido, dois de inocente e cinco indecisos.
A carta, lida em voz alta no tribunal, trazia o seguinte trecho: "Eu rezo para estar errada (...) mas euestou desconfiada do comportamento suspeito de Mark (...) e temo pela minha morte repentina."
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