Polícia pede prisão preventiva de filho acusado de matar pai com bomba

A Polícia Civil do município de Alta Floresta (802 quilômetros de Cuiabá) deve encaminhar a justiça ainda nesta sexta-feira (22) o pedido de prisão preventiva do filho e outros quatro suspeitos de matar o sitiante Abner Ferreira (61) com uma bomba, em Carlinda. De acordo com informações do delegado, Bráulio Junqueira, a prisão temporária dos suspeitos pelo atentado vence neste sábado (23).

As investigações completam um mês no dia 25 e até o momento apontam que o filho do sitiante Wesley Ferreira e o sobrinho Paulo Sérgio Santos seriam os mandantes do crime. O delegado disse que a relação do filho com o sitiante era conflituosa. Em depoimento, Paulo teria dito que o pai maltratava a mãe.

Os maus-tratos do pai e uma suposta herança de Abner foram apontados como motivo para a morte do sitiante. As investigações preliminares detectaram que Abner Ferreira possuía cerca de 270 cabeças de gado, três propriedades rurais e outras residências no município de Alta Floresta.

Os oito mandados de prisão temporária expedidos na última semana já foram cumpridos. No total, três suspeitos já foram liberados. São eles: Fabiano Vieira, Lincoln Miniguini e Alexandro Ferreira dos Santos.

Segundo consta nos autos, o sobrinho do sitiante, Paulo Santos, teria contactado João Duarte Pinho, popularmente conhecido como Neguinho, para contratar outros rapazes que planejariam o crime. Para tanto, foram contratados Daniel de Oliveira e Renan Afonso Pereira. No caminho até a cidade de Carlinda, a dupla acabou sendo presa, por porte ilegal de armas, o que impossibilitou que os mesmos efetivassem a ação criminosa. Todos os acusados estão presos na Delegacia Municipal de Alta Floresta.

A polícia ainda investiga a execução de Abner Ferreira. Todos os materiais que foram utilizados na confecção da bomba foram encaminhados para a perícia criminalística em Sinop. Ainda não há previsão para o resultado final do laudo. Junqueira adiantou ao site da TV Centro América que os acusados pelo atentado reponderão na justiça por homicídio doloso, aquele que tem a intenção de matar. A reclusão para crimes desta natureza pode chegar em até 30 anos de prisão.