Mercado de medicamentos genéricos cresce 20,1% em 2007
O mercado de medicamentos genéricos cresceu 20,1% em volume de unidades vendidas em 2007 na comparação com o ano anterior. Segundo divulgou a Pro Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), as vendas totalizaram US$ 1,522 bilhão --44,3% superior ao registrado em 2006.
No ano passado, foram vendidas 233 milhões de unidades de medicamentos genéricos no país, em comparação às 194 milhões em 2006, de acordo com dados do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico. A participação de mercado avançou de 14,2% em 2006 para 15,8% no ano passado. Os produtos de uso crônico detêm a maior parte do mercado, conforme a Pro Genéricos.
Segundo o IMS Health, a expansão do mercado de genéricos no ano passado foi quatro vezes superior à verificada no total da indústria --que cresceu 5,6 % em unidades em 2007. A indústria farmacêutica brasileira vendeu 1,51 bilhão de unidades no passado contra 1,43 bilhão em 2006. Em valor, o mercado farmacêutico brasileiro cresceu 23,6 %, movimentando US$ 12,1 bilhões.
"A experiência dos genéricos em outros países, sobretudo nos EUA e Europa, demonstra que esta categoria de medicamentos tem fôlego para crescer no Brasil", afirma o presidente da Pro Genéricos, Odnir Finotti. "Os genéricos conquistaram a sociedade brasileira por aliarem preço e qualidade."
Segundo Finotti, a meta dos fabricantes associados à Pro Genéricos é chegar em 2009 com 20% do mercado brasileiro de medicamentos. Para este ano, a entidade projeta que o desempenho seja favorecido com a entrada de novos produtos --entre eles os anticoncepcionais genéricos e o clopidogrel, droga usada para para diminuir a probabilidade da formação de coágulos sangüíneos e cuja patente estava em disputa judicial em ação movida pelo laboratório Sanofi Aventis contra o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
"Nossa participação de mercado sofre impacto direto com o lançamento de novos produtos. Além disso, devemos manter o crescimento orgânico dos últimos anos", explica Finotti. A Pró Genéricos projeta crescimento de 20% ao longo do ano.
Economia
Dos cem medicamentos mais prescritos no país, segundo a Pro Genéricos, 39 foram genéricos em 2007, com geração de economia de R$ 2,1 bilhões aos consumidores. A entidade calcula que, desde que foram lançados em 2001, os genéricos promoveram economia de R$ 7,5 bilhões aos consumidores.
Segundo a entidade, o cálculo é feito com base no que estabelece a legislação: que os genéricos custem, no mínimo, 35% menos que os medicamentos de referência. "Na prática a economia gerada pelos genéricos é ainda maior. Estudos produzidos por nossos associados indicam que os genéricos custam hoje, em média, 50% menos que os medicamentos de referência", explica Finotti.
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