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MT não tem políticas para reduzir o número de obesos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou na última semana uma resolução que prevê reduzir a obesidade no mundo até 2020. Porém, em Cuiabá, o grupo está esquecido pelo poder público já que o município não possui nenhuma política pública para cuidar da questão.
Segundo a presidente da Associação Mato-grossense dos Obesos (AMO), Silvane Aparecida Gadani, não há nenhuma medida governamental no estado que estimule a população a manter a vida saudável. A única medida do governo é o custeio de cirurgias bariátricas (redução de estômago). Contudo, desde fevereiro nenhuma cirurgia deste tipo foi realizada na Capital.
Gadani afirma que a população obesa é praticamente invisível aos olhos do Estado, mas o problema não vem de hoje. Segundo ela, desde 2004, quando a associação foi criada, o grupo encontra dificuldade para dialogar tanto com o Município quanto com o Estado para a criação de políticas públicas. “Estamos desde janeiro para conseguir conversar com os secretários de Saúde de Cuiabá e de Mato Grosso, mas ambos alegam falta de agenda. Enquanto isso, vamos sobrevivendo.”
Segundo a AMO, 250 pacientes estão com o laudo que os autoriza a realizar a intervenção cirúrgica apenas na Capital, mais 200 com o mesmo problema residem em Várzea Grande.
“Tem pessoas que estão na fila há cinco, seis anos e nada de cirurgia. Infelizmente tem alguns casos que os pacientes acabam falecendo por causa de complicações decorrentes da obesidade. Inclusive, não tem nenhuma mesa que aguenta pacientes com superobesidade em Mato Grosso. Eu mesmo precisei emagrecer para passar pelo procedimento”, afirmou a presidente.
A estimativa da OMS é que há mais de 40 milhões de crianças, com menos de 5 anos, com excesso de peso no país. Os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009, mostram que em menos de 30 anos, o número de obesos adolescentes aumentou quase seis vezes no Brasil, saindo de 3,7% da década de 1970 para 21,7% nos anos 2000.
O dado forçou o governo brasileiro a criar uma medida que reduzisse a idade mínima, de 18 para 16 anos, para a realização da cirurgia bariátrica no país. Contudo, segundo a AMO, nenhum adolescente foi operado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que as cirurgias vêm sendo realizadas no Hospital Metropolitano da Capital normalmente. A assessoria da Prefeitura de Cuiabá confirmou que não tem nenhum programa específico, mas, que incentiva a prática saudável em outros projetos.
AÇÕES NACIONAIS - A resolução recomenda ações como a redução do consumo de sal, em 30%, e aumento de atividades físicas, em 20%. O plano de ação apela às empresas para colaborarem e propõe aos Estados uma série de objetivos voluntários. Também sugere aos países que eliminem os ácidos gordos industriais nos alimentos, que promovam a rotulagem nutricional dos alimentos, que diminuam o sal e o açúcar nos alimentos e bebidas não alcoólicas e que reduzam o tamanho das porções.
Segundo a presidente da Associação Mato-grossense dos Obesos (AMO), Silvane Aparecida Gadani, não há nenhuma medida governamental no estado que estimule a população a manter a vida saudável. A única medida do governo é o custeio de cirurgias bariátricas (redução de estômago). Contudo, desde fevereiro nenhuma cirurgia deste tipo foi realizada na Capital.
Gadani afirma que a população obesa é praticamente invisível aos olhos do Estado, mas o problema não vem de hoje. Segundo ela, desde 2004, quando a associação foi criada, o grupo encontra dificuldade para dialogar tanto com o Município quanto com o Estado para a criação de políticas públicas. “Estamos desde janeiro para conseguir conversar com os secretários de Saúde de Cuiabá e de Mato Grosso, mas ambos alegam falta de agenda. Enquanto isso, vamos sobrevivendo.”
Segundo a AMO, 250 pacientes estão com o laudo que os autoriza a realizar a intervenção cirúrgica apenas na Capital, mais 200 com o mesmo problema residem em Várzea Grande.
“Tem pessoas que estão na fila há cinco, seis anos e nada de cirurgia. Infelizmente tem alguns casos que os pacientes acabam falecendo por causa de complicações decorrentes da obesidade. Inclusive, não tem nenhuma mesa que aguenta pacientes com superobesidade em Mato Grosso. Eu mesmo precisei emagrecer para passar pelo procedimento”, afirmou a presidente.
A estimativa da OMS é que há mais de 40 milhões de crianças, com menos de 5 anos, com excesso de peso no país. Os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009, mostram que em menos de 30 anos, o número de obesos adolescentes aumentou quase seis vezes no Brasil, saindo de 3,7% da década de 1970 para 21,7% nos anos 2000.
O dado forçou o governo brasileiro a criar uma medida que reduzisse a idade mínima, de 18 para 16 anos, para a realização da cirurgia bariátrica no país. Contudo, segundo a AMO, nenhum adolescente foi operado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que as cirurgias vêm sendo realizadas no Hospital Metropolitano da Capital normalmente. A assessoria da Prefeitura de Cuiabá confirmou que não tem nenhum programa específico, mas, que incentiva a prática saudável em outros projetos.
AÇÕES NACIONAIS - A resolução recomenda ações como a redução do consumo de sal, em 30%, e aumento de atividades físicas, em 20%. O plano de ação apela às empresas para colaborarem e propõe aos Estados uma série de objetivos voluntários. Também sugere aos países que eliminem os ácidos gordos industriais nos alimentos, que promovam a rotulagem nutricional dos alimentos, que diminuam o sal e o açúcar nos alimentos e bebidas não alcoólicas e que reduzam o tamanho das porções.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/18605/visualizar/
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