Proprietários de fazenda acusam grileiros por atentados e ameaças

Os funcionários da fazenda Bauru, localizada, no município de Colniza (1.100 km a noroeste de Cuiabá) foram vítimas de uma emboscada no último domingo, dia 17, por grileiros armados com armas pesadas, que ainda permanecem na área. Após a armadilha aos trabalhadores, eles deixaram um bilhete na casa da família, em Colniza contendo ameaças à proprietária, Dona Magali, cujo gerente da fazenda é o morador.

Ele diz o seguinte: (sic)...“Não adianta vocês vir com conversa fiada de vender a área nesse preço porque a área é nossa e dali ninguém nos tira. Temos 40 companheiros esperando vocês lá dentro pra fazer a bagaceira. Como já dissemos queremos o Jornal Nacional em Colniza. Aqui não é terra de ninguém, é terra nossa e se alguém quiser vier aqui vai levar chumbo grosso. Já avisamos mas vocês não tão acreditando, então... Hoje foi um pequeno recado.... O próximo vai ser a turma toda. Queremos mesmo a família, porque não vem prá cá? Todo mundo daqui ta do nosso lado, prefeito, vereadores, juiz, Polícia Militar e Civil e toda população. A terra da Magali é nossa, sai fora enquanto é tempo”.

O representante da fazenda Bauru, José de Abreu, disse que as ameaças sofridas "é coisa dos bandidos que não querem que a justiça prevaleça”. Conforme Abreu, os proprietários estão realizando “Um grande papel social doando essas terras, agora, a Justiça e o poder público têm que auxiliar para prender esses criminosos”, declara.

De acordo com o major Adalberto Gonçalves de Paula, da Policia Militar, de Colniza, que foi designado na ação de reintegração de posse da área ”Provavelmente os culpados pela emboscada à fazenda Magali são os posseiros”, continua “Com base no bilhete anônimo deixado na casa, mesmo sem assinar eles se entregam pelo teor do conteúdo”, assegura.

Conforme orientação do Comando Geral da PM de Mato Grosso, a Polícia Militar, em Colniza, fará durante o dia patrulhamento, no Vale Salvação, local que fica às margens da MT 070, designado como assentamento provisório para os assentados. ”Devido à mata fechada, durante a noite não será realizado patrulhamento”, garante. O major garantiu que a polícia esta investigando e prenderá os responsáveis pelo atentado. Para amenizar a situação das famílias, hoje a prefeitura esteve no local para levar cestas básicas e atendimento médico.