Justiça Federal ouve presos da quadrilha que agia entre MT e Bolívia

Onze das 17 pessoas, entre elas, duas mulheres, presas na Operação Ícaro, em 2007 estão, sendo ouvidos na Justiça Federal, em Cáceres. Um aparato de segurança, envolvendo 20 policiais federais foi montado, desde a cadeia pública, até a sede da Justiça, num percurso de dois quilômetros e meio. Os presos são apontados pela PF como integrantes de uma grande organização criminosa que atuava na fronteira com a Bolívia, através de Cáceres, com remessas de vultuosas quantias em dinheiro e drogas para várias regiões do país.

A justiça prevê três dias de depoimentos. A perspectiva é de que a oitiva dos acusados seja concluída somente na quinta-feira. Advogados de pelo menos três estados: São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, acompanham o processo na defesa dos acusados. A maioria das prisões ocorreu nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Um no Rio de Janeiro. Embora, os depoimentos estejam sendo tomados em Cáceres, não consta nenhum preso de Mato Grosso. O juiz federal Rafael Cazelli não fornece nenhuma informação, porque o processo corre sobre segredo de justiça.

Os presos desembarcaram em Cáceres no dia 25 de janeiro de 2007. A prisão da quadrilha foi determinada pelo juiz Paulo César Sodré, após 10 meses de investigações, com escutas telefônicas e rastreamento de valores e drogas movimentados pela organização.