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Economia
Terça - 19 de Fevereiro de 2008 às 17:22
Por: Danielle Gorgônio

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Investimento em pesquisa e tecnologia pode levantar o setor do arroz. É o que aponta o superintendente de Indústria da Secretaria de Indústria Comércio, Minas e Energia (Sicme), José Juarez Pereira de Faria. Em workshop na cidade de Sinop sobre “Cadeia produtiva do arroz – Perspectivas e Necessidades” foram apresentadas algumas medidas de reerguimento do setor, como o BB Convir, Prodeic e a Nota fiscal eletrônica. O objetivo é fomentar a atividade, debatendo a sustentabilidade do segmento e a integração dos elos da cadeia produtiva, com apoio de instituições governamentais, de pesquisa e financeiras.

AÇÕES

Desde 2005, com o apoio da Sicme, o Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Alimentação de Mato Grosso (Siamt) fez parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa - Arroz/Feijão) de Goiás, com o objetivo de produzir novas variedades de arroz. Foram desenvolvidos em campos experimentais na cidade de Sorriso, grãos como BRS Sertaneja, BRS Monarca, BRS Pepita. Empresas privadas também investiram em pesquisa e desenvolveram variedades, sempre com objetivo de ter um produto de boa qualidade para o consumo e industrialização.

A Sicme, através de sua política de incentivos fiscais, tem procurado oferecer programas que promovam sustentabilidade, profissionalizar produtores e promover tecnologia, através do Proarroz e Prodeic.

O Prodeic dá condições para que empresas invistam em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, contribuindo para agregar valor e verticalizar a cadeia produtiva, gerando competitividade no setor.

Outra grande feitura do setor é a constituição da APL do Arroz no Estado, que com a harmonização das cadeias produtivas, associação dos produtores, indústrias, instituições de apoio e pesquisa e órgãos governamentais, têm discutido e promovido mudanças e melhorias para o setor, através de incentivo para pesquisas, seminários, workshops. Outra idéia apresentada no Seminário, pelo superintendente da Sicme, é que as indústrias façam contratos de compra antecipada da produção, com preços de mercado, com objetivo de dar sustentabilidade à produção e segurança aos produtores.

Em Seminário realizado em Sinop, em 2007, foi assinado o BB Convir, protocolo de liberação de R$ 150 milhões do FCO em recursos para ser aplicado no custeio da produção e comercialização do arroz e aquisição por parte das indústrias. “A aplicação e operacionalização do BB Convir, modalidade de financiamento, permitirá ao produtor bem como ao industrial, maior segurança e rentabilidade. Logicamente para o Banco do Brasil haverá menor risco financeiro”, afirma o superintendente da Sicme.

HISTÓRICO

Mato Grosso ocupou, no fim da década de 1990, a segunda maior produção de arroz do país. Apesar da aptidão produtiva e parque industrial moderno, as políticas federais para a cadeia produtiva contribuíram para aumentar a crise dos anos 2005 e 2006. Além de uma produção recorde ocorrida na safra 2004/05, que foi de dois milhões de toneladas, os preços ficaram excessivamente baixos, causando prejuízo aos produtores. Em conseqüência, a área cultivada no Estado foi reduzida, ocasionando a crise e ociosidade. O parque industrial instalado em Mato Grosso está apto a industrializar um milhão de toneladas, mas a produção de matéria-prima está estimada atualmente em apenas 613 mil toneladas.





Fonte: Sicme-MT

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