Governo quer colocar reforma tributária em discussão
Mais do que fotos de apoio - como aconteceu em 2003, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve o apoio dos governadores no lançamento da primeira reforma tributária, que serviu apenas para renovar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Desvinculação de Recursos da União (DRU) -, o governo quer agora uma atuação efetiva dos maiores interessados na nova legislação: empresários e governadores, que têm convivido com um complicado, custoso e ineficiente sistema.
Sempre discutida, mas nunca aprovada, a reforma tributária sempre esbarrou em questões regionais. Estados produtores não queriam perder receita, com a cobrança saindo da origem para o destino, e Estados de regiões pobres não queriam deixar de ter um instrumento para atração de investimentos: a guerra fiscal.
A isca para angariar os apoios e minar as resistências à reforma é o período de transição, que tira dos governos atuais o risco de lidar com um caixa apertado. Segundo o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, a idéia é instituir um prazo de transição de oito anos no Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) estadual, que vai unificar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e migrar a cobrança da origem para o destino, com o objetivo de eliminar a guerra fiscal.
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