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Quarta - 29 de Maio de 2013 às 15:15

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“O asfalto-borracha aumenta a vida útil do asfalto e sua durabilidade varia de acordo com as condições da estrada, temperatura e clima da região”. Este foi o argumento utilizado pelo primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mauro Savi (PR), para sensibilizar o governador Silval Barbosa sobre a necessidade de adotar práticas ambientalmente corretas em relação à pavimentação asfáltica das rodovias estaduais de Mato Grosso.

 
 
Essa prática já vem sendo adotada em várias rodovias brasileiras. A rodovia dos Bandeirantes, no trecho Campinas e São Paulo, sentido Capital é uma delas. A pista já está pavimentada com a mistura de massa asfáltica com borracha obtida a partir de pneus reciclados. A concessionária Ecovias, responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, também utiliza o produto em mais da metade de todo o pavimento das pistas administradas.

 
 
“Nossa preocupação com a matéria indicada baseou-se na produção excessiva de resíduos sólidos e na busca de uma destinação adequada para as milhares de toneladas de pneus coletados no Brasil”, justificou o parlamentar ao lembrar que a prática de utilizar a borracha dos pneus no asfalto já vem ocorrendo desde que a patente que protegia a tecnologia venceu nos Estados Unidos há mais de 15 anos.

 
 
Vale ressaltar que a rodovia RJ-122, pista que tem 35 quilômetros e liga Cachoeiras de Macacu a Guapimirim, é o primeiro projeto de pavimentação com asfalto-borracha. Nesse caso, a tecnologia que incorpora localmente pó de pneus foi importada dos Estados Unidos e adaptada às condições locais.

 
 
Em razão disso, o governo do Rio de Janeiro recebeu o prêmio internacional da associação Rubber Pavements pela utilização ambientalmente correta do asfalto-borracha na rodovia. Outra concessionária experiente no assunto e pioneira nesse tipo de serviço é a Univias, que adotou essa prática a mais de uma década na BR-116. Estudiosos da área apontam que as vantagens são significativas, visto que 63% dos pneus inservíveis são utilizados como fonte de energia em fornos de cimenteiras em substituição ao coque de petróleo. Já os outros 37% são reutilizados em diferentes finalidades, além da massa asfáltica.

 
 
“Temos experiência de outros Estados que comprovam que esse tipo de produto realmente funciona. Esse tipo de mistura é garantido por especialistas que afirmam que o asfalto-borracha, apesar de ter um custo 25% maior que a pavimentação tradicional, aumenta a vida útil do asfalto em 30%. Estudiosos garantem também que sua durabilidade varia de acordo com as condições da estrada e outras questões”, argumentou o deputado ao defender que esse tipo de massa asfáltica proporciona, ainda, a maior aderência dos veículos ao solo e a redução de atritos e ruídos.

 
 
“O mais importante, nesse contexto, é o retorno positivo ao nosso meio ambiente. Nossos aterros, rios, ruas, terrenos, lagos, lagoas e matas que deixam de receber de forma incorreta, um grande vilão que leva aproximadamente 600 anos para se decompor”, destacou o primeiro secretário, Mauro Savi.

 
 
A indicação ao Governo do Estado foi elaborada com base na Resolução do Conama nº 416/2002 que dispõe sobre a preservação à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada e também no artigo 24 da Constituição Federal que diz que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: florestas, caça, pesca, conservação da natureza e outros.





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