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Cidades/Geral
Quarta - 29 de Maio de 2013 às 15:05

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O deputado federal Valtenir Pereira (PSB-MT) pediu o apoio da ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, para cerca de seis mil moradores do povoado de Posto da Mata, na região do Araguaia, em Mato Grosso, que tiveram suas casas destruídas por ordem judicial. De acordo com o parlamentar, a desocupação ocorreu devido à demarcação suspeita, por parte da Fundação Nacional do Índio (Funai), como terra indígena Xavante Marãiwatsédé.

 
 
Para chamar atenção da ministra, Valtenir lhe entregou um DVD com depoimentos de alguns ex-moradores do Posto da Mata que demonstram o estado precário que estão vivendo as famílias que perderam tudo que construíram há mais de 30 anos na área. “Essas pessoas foram jogadas na rua, elas estão abandonadas à própria sorte. São pessoas humildes que estão morando de favor, debaixo de lona e até estão passando fome, porque perderam as suas casas, as suas lojas, os seus sítios”, disse.

 
 
Além disso, Valtenir pretende apresentar um requerimento e pedir uma visita à região, não só da ministra Miriam Belchior, como dos ministros do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e de Direitos Humanos, Maria do Rosário. “Queremos no mínimo uma reunião com os ministros junto com os desalojados para estabelecer algumas providências que reduzam o sofrimento e o trauma dessas pessoas e crie um ambiente de esperança”, contou.

 
 
Em setembro do ano passado, Valtenir e a bancada de Mato Grosso se reuniram com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para encontrar uma saída negociável, que evitasse a expulsão dos moradores ou que houvesse uma realocação das famílias de forma humana.

 
 
Na ocasião, o socialista pediu que formasse um grupo de trabalho para avaliar os danos que o despejo ia provocar, além de buscar uma saída negociável que evitasse a destruição de uma cidade inteira e o despejo de milhares de pessoas sem qualquer planejamento. “Os direitos humanos não podem valer pra uns e pra outros não. No Posto da Mata viviam, há mais de 30 anos, famílias de trabalhadores que produziam para o próprio sustento e para comercializar, e da noite pro dia viram tudo virar pó. Hoje eles vivem da ajuda e da clemência dos outros. São milhares de pessoas que não tem mais teto e estão passando por necessidades”, explicou.

 
 
De acordo com Daniele Caetano, representante da comunidade, a Funai promoveu uma fraude. “Esse decreto deslocou o território Xavante para nossa área pra tomar nossas terras e destruir nossos lares”, afirmou.





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