Sem-terra é baleado em confronto com fazendeiros
O trabalhador rural e integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) Márcio Fernandes, 34 anos, foi baleado na perna durante um confronto ocorrido na madrugada deste sábado na fazenda Iaras, propriedade localizada no município de Euclides da Cunha Paulista, extremo Oeste do Pontal do Paranapanema (SP). A fazenda é uma das 17 propriedades ocupadas pelos integrantes do MST, na recente ação denominada Carnaval Vermelho.
A Polícia Militar foi avisada sobre a troca de tiros que ocorria entre o pessoal da fazenda e os acampados, e várias guarnições seguiram para o local dos fatos.
Na fazenda, os policiais constataram que Márcio Fernandes havia sido atingido na perna direita. Os demais integrantes do movimento afirmaram que os autores dos disparos teriam sido Lucivaldo Viali Amorim, filho do proprietário da fazenda e Rodrigo Macedo, amigo do fazendeiro.
Logo depois dos disparos, os dois teriam sido desarmados e imobilizados pelos demais integrantes do MST e foram levados para um dos quartos da sede da fazenda, onde foram mantidos encarcerados até a chegada da Polícia Militar.
Os policiais apreenderam um revólver Taurus calibre 38, que estava municiado com um cartucho íntegro e outros cinco estojos deflagrados. A arma foi entregue aos policiais por um dos integrantes do MST.
A vítima foi socorrida e levada para um posto de atendimento médico. Os apontados como autores dos disparos foram levados para a Delegacia de Polícia Civil do município e apresentados ao delegado Edmar Trindade Nagai. Após ouvi-los, a autoridade decidiu pela prisão em flagrante de Lucivaldo Viali Amorim e Rodrigo Macedo, suspeitos de terem feito os disparos de arma de fogo.
A polícia apurou que Macedo já tam passagens pela polícia pelas práticas de roubo, furto, lesão corporal e formação de quadrilha.
Os dois foram encaminhados para a Cadeia Pública de Presidente Venceslau, onde vão permanecer recolhidos até a transferência para o Centro de Detenção Provisória (CDP) - unidade penal do Estado que fica no município de Caiuá (SP). Lá, eles permanecerão presos aguardando a decisão da Justiça.
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