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Cidades/Geral
Sexta - 15 de Fevereiro de 2008 às 17:39
Por: Tania Rauber

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Foi acatada pela 8ª Vara Criminal de Cuiabá, a denúncia contra um servidor do Departamento Estadual de Trânsito, e outras quatro pessoas - de Guarantã do Norte, Peixoto de Azevedo e Iporá-GO - acusadas de fraudes no sistema do órgão, feita pela promotora Ana Cristian Bardusco Silva. Os acusados são Dakari Fernandes Tessmann, de Guarantã; Mário Roger Mancuso, de Matupá; Clésio Marcos de Jesus; Noésio Peres da Costa, de Iporá (GO), e Roberto Carlos Dionésio Lucas, conhecido como Roberto Goiano, de Peixoto de Azevedo.

Depois de quase três anos de investação, o Ministério Público ofereceu denúncia contra os acusados, em dezembro passado. A investigação começou em 2005, após notícia apurada pela Corregedoria Geral do órgão, constatando a fraudulenta transferência de jurisdição de um caminhão com placas de Goiânia, para Peixoto de Azevedo, tratando-se de um "clone" de um automóvel registrado junto ao Detran de Sergipe.

A transferência teria sido feita pelo servidor do Detran, identificado no sistema como Carlos Antônio de Souza. Conforme o Ministério Público, o nome fictício foi criado criminosamente pelo denunciado Dakari Tessmann, que alterou as características do veículo. Foram feitas 18 inserçoes de dados falsos no sistema, pelos quais eram emitidos os CRV e CRVL falsos.

"Destaca que em tais documentos os ardilosos fraudadores faziam com que figurassem como proprietários e adquirentes dos "bens financiados", meros "laranjas", pessoas simples ou pessoas criadas pelos fraudadores", cita trecho da denúncia.

Clésio, Mário Mancuso, Noésio e Roberto Goiano foram acusados de levar "várias financiadoras e terceiros de boa-fé a erro, obtendo vantagens indevidas em prejuízo deles".

Mário Mancuso foi citado como o responsável por procurar o servidor do Detran e ajustar a prática criminosa fixando o valor que lhe seria pago, para colaborar com a fraude.

Ainda, segundo o MP, o esquema funcionada da seguinte forma: carretinhas da jurisdição de Goiás, eram transferidas para Mato Grosso, ocasião em que também era realizada a transferência da propriedade, providência até aqui regular e, posteriormente, de forma fraudulenta, providenciavam as alterações das características;

Quando o 1º emplacamento era realizado em Mato Grosso, o procedimento era promovido de forma regular, preferencialmente no interior do Estado, como em Peixoto de Azevedo, Matupá, entreo outros, e, após esta providência, de forma fraudulenta realizavam as alterações das características.

Pelas investigações, o MP descobri que Clésio e Noésio compraram 22 carretinhas, no valor unitário que variou de R$ 700 a R$ 2.380, em nome deles e laranjas. As informações remetidas pelas instituições bancárias vítimas, apontam prejuízos que passam de R$ 906 mil, referente a 10 dos 13 financiamentos criminosos.

O servidor receberia R$ 450 para cada veículo que tivesse seus dados criminosamente alterados, isto é, para cada emissão de documento falso. Os processos tramitavam entre 2 a 3 dias, sendo que o normal é de até 30 dias.





Fonte: Só Notícias

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