Jovem diz ter sido mantida por 9 anos em cárcere privado em Luziânia (GO)
De acordo com o depoimento da mulher no 1º Distrito Policial do município, o homem, dono de um bar com casa nos fundos, no bairro Sol Nascente, começou a aliciá-la quando ela tinha dez anos. Ambos moravam no mesmo bairro.
Na saída da escola, dava-lhe doces e presentes. Ainda de acordo com a jovem, ele começou a estuprá-la e ameaçá-la, dizendo que mataria a família dela caso ela revelasse algo.
Como justificativa para manter a menina em sua casa, o comerciante lhe dava cerca de R$ 20 por semana. Ela disse ter sido orientada pelo comerciante a dizer à família que havia conseguido um emprego.
Gravidez
Com 13 anos, a garota ficou grávida, segundo seu depoimento. Ao descobrir, a família denunciou o caso à polícia. O homem então incendiou o barraco da família, que fugiu para Samambaia (DF). A jovem disse que, cerca de quatro meses depois, eles foram localizados pelo comerciante, que matou a mãe dela a facadas.
Ela disse ter voltado para a casa do comerciante, ainda grávida, sob a ameaça de ter suas irmãs mortas. Disse que a partir de então pouco saiu de casa, e que só deixava o local na companhia dele. Segundo ela, a filha deles também era vítima de abusos. A casa onde vivia, segundo a jovem, não tinha janelas nem porta de fundo. Havia muito material pornográfico no local, disse.
A jovem afirmou ter ficado grávida novamente aos 16 anos e que o comerciante afogou a criança em um balde um dia após o nascimento, alegando que não queria um menino.
A ocorrência foi registrada em 4 de fevereiro. A jovem disse que fugiu após o homem ter levado uma surra de um credor e ter sido internado em um hospital. Ela foi levada à polícia por uma vizinha. O caso foi encaminhado à Delegacia de Mulheres do município, que está em busca do suspeito.
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