Estudantes invadem prédio do Incra em Minas
Estudantes universitários invadiram hoje o prédio da Superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Minas Gerais para protestar contra a "morosidade" da reforma agrária no país e as "precárias condições" em que, segundo eles, estão vivendo os sem-terra acampados pelas zonas rurais brasileiras.
Os invasores do prédio do Incra mineiro --cerca de 300, de acordo com a organização do movimento, e cerca de 150, segundo o órgão federal-- só deixaram o local às 18h, quando conseguiram para amanhã audiência em Brasília com o presidente do Incra, Rolf Hackbart.
Em carta entregue hoje a Marcos Helênio, superintendente do órgão em Minas, os estudantes cobram atitudes do órgão para romper com a "lentidão da reforma agrária", afirmando que 2007 foi o pior ano para os assentamentos no Brasil nos últimos dez anos. Pedem "expropriação das terras com trabalho escravo" e afirmam que os trabalhadores sem-terra continuam sendo vítimas da violência no campo.
Os estudantes são de diferentes Estados e universidades e participaram durante 12 dias do "Estágio Interdisciplinar de Vivência". Esse estágio é feito há cinco anos durante as férias escolares e já ocorreu em outros Estados. Em Minas, teve a participação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e da Marcha Mundial de Mulheres.
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