Pilotos do Legacy querem ser interrogados nos Estados Unidos
No acidente, Joe Lepore e Jan Paladino conseguiram pousar o jato na Base Aérea de Cachimbo, no Sul do Pará, após o choque com o avião da Gol. Todos os ocupantes do Boeing morreram. Em junho do ano passado, a Justiça brasileira aceitou denúncia do Ministério Público contra os dois pilotos por homicídio culposo.
Segundo o advogado Theo Dias, que defende Lepore e Paladino, acordo de assistência judiciária entre Brasil e Estados Unidos permite o interrogatório fora do país. E também prevê a possibilidade de o próprio juiz ir aos Estados Unidos para ouvir o depoimento ou enviar as perguntas por carta rogatória. O STJ não informou quando o pedido de habeas corpus será julgado.
Depoimento à Aeronáutica
Os pilotos norte-americanos do jato executivo Legacy já foram ouvidos nos Estados Unidos no começo do mês por oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, ligado ao Ministério da Defesa.
Os depoimentos duraram três dias e foram prestados em Washington. Os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino ouviram a transcrição da caixa preta do jato executivo Legacy. Eles afirmaram que não desligaram o transponder, equipamento anticolisão que na hora do acidente não funcionou.
“Os pilotos puderam esclarecer uma vez mais que não houve, por parte deles, nenhuma conduta culposa negligente, e que, pelo contrário, eles agiram com profissionalismo”, disse, à época, o advogado dos pilotos, Theo Dias.
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