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Economia
Quarta - 29 de Maio de 2013 às 10:19
Por: Rodrigo Maciel Meloni

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Em relatório sobre as perspectivas econômicas para 2013, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou sua projeção de crescimento da economia brasileira e elevou a projeção de inflação no país, informou na edição desta quarta-feira (29) o Valor Econômico. 

A organização intergovernamental alertou que os indicadores no curto prazo ‘deixam entrever grandes incertezas’, e reduziu de 4% para 2,9% a estimativa de expansão da economia brasileira para este ano em comparação com a última projeção, feita em novembro. 

A OCDE menciona intensificação de tensões inflacionárias no Brasil e elevou de 5,3% para 6,2% sua projeção de inflação para este ano. Nota que as antecipações inflacionárias para 2013 e 2014 vão continuar acima da centro da meta visada de 4,5%. 
A previsão do déficit fiscal também aumentou, de 1,7% do PIB para 2,4%. O déficit na balança de pagamentos deve ficar em em 2,7% do PIB, totalizando US$ 66 bilhões este ano e pode chegar a US$ 73 bilhões no ano que vem (2,8% do PIB). 

O crescimento do PIB pode voltar a ter taxa inferior ao potencial, estimado em 3,7%, estima a organização. Bloqueios do lado da oferta e a mediocridade das perspectivas externas são os principais obstáculos para um crescimento mais forte. 

Por sua vez, a China, pelo segundo ano consecutivo, terá crescimento inferior ao normal. A projeção agora é de um crescimento de 7,8%, ante 8,5% em novembro. A Índia crescerá 5,3%, em comparação aos 5,9% previstos anteriormente. A Rússia será o membro do Brics a ter a menor expansão econômica, de 2,3%, quando a previsão em novembro era de 3,7%. A África do Sul pode expandir 2,8% - antes era previsto avanço de 3,2%. 

OCDE é um órgão internacional e intergovernamental que reúne os países mais industrializados e também alguns emergentes como México, Chile e Turquia. Composta por 34 membros, foi fundada em 14 de dezembro de 1961 e desde 2006 é presidida pelo mexicano José Ángel Gurría Treviño.

O Brasil não é membro da OCDE, porém participa do programa de enhanced engagement (engajamento ampliado) que lhe permite participar de Comitês da Organização. O relacionamento entre a OCDE e o Brasil aprofundou-se a partir de 1999, quando o Conselho da OCDE decidiu criar um programa direcionado ao Brasil.






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