Sedtur cancela Festa do Pantanal; trading protesta
A tradicional Festa Internacional do Pantanal será interrompida neste ano pela primeira vez desde 1995. O secretário de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Pedro Nadaf, surpreendeu a todos com a notícia. Ele encaminhou ofício ao Sebrae-MT comunicando o cancelamento do evento, que em 2007 chegou a sua 14ª edição.
A repercussão foi imediata. O chamado trading turístico já se reuniu nesta quarta à tarde e decidiu cobrar uma explicação de Nadaf e do governador Blairo Maggi. Por coincidência, é cancelado às vésperas de Nadaf deixar a pasta do Turismo, responsável pelo evento, para ser remanejado à secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia.
Os empresários do setor se mostram revoltados com a decisão do Estado em cancelar um dos eventos que vem projetando Mato Grosso no cenário internacional. Sediado no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, a Festa Internacional geralmente apresenta uma programação voltada a temas como meio ambiente, cultura e turismo. Se estende por uma semana. A última edição ocorreu em março do ano passado. Atraiu milhares de pessoas com uma programação eclética envolvendo manifestações artísticas diferenciadas de 13 municípios. Artistas e grupos de música e dança se apresentam todas as noites, sob o tema Águas de Mato Grosso. Foi o primeiro evento conduzido sob Nadaf, que acabara de substituir Yeda Marly de Oliveira.
A festa explora também, com vários expositores, temas como pólos turísticos, esportes e aventura, feira têxtil regional, workshops e oficinas, mostra científica, artesanato, gastronomia e apresentações artísticas que destacam a diversidade cultural de Mato Grosso.
Preocupação
"Acabamos de sair de uma reunião justamente para discutir esse assunto. Não sabemos ainda o motivo do cancelamento da Festa do Pantanal", diz o consultor na área de turismo Agripino Bonilha Filho. Ele explica que antes era o trading quem realizava o evento e, depois, essa missão ficou com a pasta do Desenvolvimento do Turismo. "Vamos fazer uma reunião com o secretário Nadaf para ver o que pode ter feito", observa Bonilha, preocupado com a repercussão negativa. Em princípio, o governo estadual alega falta de orçamento para sediar a festa.
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