Conferência Mundial das Cidades debate as desigualdades sociais
A Conferência Mundial sobre Desenvolvimento de Cidades, que está sendo realizada em Porto Alegre, debate os problemas das cidades, com foco no combate às desigualdades sociais e a formulação de políticas públicas no sentido de alcançar o desenvolvimento. Entusiasmado com a proporção do evento, que mobiliza mais de 30 países, Vicent Defourny, representante da UNESCO, relatou que a governança solidária proporcionou uma parceria com as entidades e órgãos nacionais. Segundo ele, a conferência é a continuidade lógica dessa união e é importante confrontar as experiências em busca de soluções, notadamente uma vida melhor para as populações.
Vicent afirma que as cidades têm que ter um novo papel, que é da mudança acompanhada de uma concepção estratégica do estado e nação, com objetivos centrados no combate às desigualdades e enfrentamento da pobreza.
O secretário de Coordenação Política e Governança Local, Cézar Busatto, que também é Coordenador Geral da Conferência, destacou que “é preciso radicalizar a democracia do desenvolvimento local, avançar buscando o caminho com dignidade para todos os seres humanos. É necessário buscar novas formas de envolvimento e de engajamento. Isso só é possível criando novas redes de governança onde o cidadão é o principal protagonista do novo desenvolvimento. As cidades têm que ser o local que protagoniza a diplomacia da paz e da propriedade e não a hegemonia dos impérios através de guerra e conflitos”, disse ele.
A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crussius, frisou que as cidades têm que traçar a construção de redes para a paz. “A conferência tem uma importância significativa porque é nas cidades que vivem 80% da população mundial. Por isso Porto Alegre abre suas portas para que as cidades do mundo debatam meios de acabar com a exclusão social. Isso significa fomentar o seu próprio desenvolvimento com base em relações de solidariedade e confiança. Essa Conferência é fundamental para melhorarmos a qualidade de vida e acabarmos com a exclusão social. Somente com políticas públicas é possível a garantia de emprego, saúde e dignidade”, garantiu.
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