Vendas da Renault no Brasil aumentaram 42,4% em 2007
As vendas da fabricante francesa de automóveis Renault no Brasil cresceram 42,4% em 2007 na comparação com 2006. Segundo a empresa, o Brasil foi o grande destaque na América Latina, sendo responsável pelo maior número de veículos da empresa comercializados na região.
O presidente do grupo Renault, Carlos Ghosn, disse, na apresentação dos resultados, que "2007 foi o ano da qualidade" e que 2008 "será o ano do crescimento", já que serão observados os efeitos dos novos produtos lançados no mercado no ano passado.
Apesar de o lucro líquido do fabricante de automóveis francês ter caído 7,6% no ano passado em relação a 2006, para US$ 4 bilhões, o presidente da Renault disse que para este ano espera aumentar a margem operacional até 4,5% e elevar em 10% o volume de vendas.
No ano passado, as vendas globais de veículos cresceram 2,1%, chegando a 2,48 milhões de unidades, e a margem operacional ficou em 3,3%, contra 2,6% de 2006. Segundo Ghosn, o resultado ultrapassou o objetivo de 3% fixado pela companhia.
Além disso, a contribuição da Nissan ao volume de negócio caiu 31,1%, para US$ 1,883 bilhão em 2007, contra US$ 2,758 bilhões em 2006.
No entanto estes resultados de lucro líquido farão com que na próxima assembléia geral de acionistas, em abril, a Renault proponha fixar um dividendo aplicado em 2008 sobre os resultados de 2007 de US$ 5,55 por ação, frente a US$ 4,53 aplicados no ano passado sobre os resultados de 2006.
O grupo Renault obteve um volume de negócio de US$ 59,472 bilhões em 2007, 1,8% a mais que no ano anterior. O índice de endividamento líquido sobre os fundos próprios aumentou em dois pontos, até 9,5% em 2007, totalizando US$ 3,052 bilhões.
"Estamos em sintonia para cumprir o Compromisso 2009" fixado em 2006, disse o presidente da empresa. O acordo tem como meta alcançar em quatro anos uma margem operacional de 6% e um aumento das vendas de veículos de 800 mil unidades.
A contribuição do segmento de automóveis ao volume de negócios cresceu para US$ 56,544 bilhões, um aumento de 1,6% frente a 2006. Já o setor de financiamento de vendas representou US$ 2,927 bilhões no faturamento total, 4,8% a mais que em 2006.
As vendas da empresa caíram 4,1% na Europa, enquanto nas Américas cresceram 32,2%.
O presidente da Renault disse estar satisfeito com o resultado e disse que, apesar do entorno macroeconômico desfavorável, a empresa conseguiu crescer graças ao lançamento de nove veículos novos no ano e aos crescimentos nas vendas em mercados emergentes como Rússia e Índia.
Quanto à produção de veículos ecologicamente corretos, Ghosn calculou em um prazo de três anos a comercialização de um modelo de veículo elétrico para os mercados mundiais.
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