Yahoo discute aliança com dono do MySpace, diz jornal
A empresa de internet Yahoo está conversando com o grupo de mídia News Corp -- empresa que controla a rede social MySpace -- sobre a possibilidade de selar uma aliança defensiva para evitar a aquisição do Yahoo pela Microsoft, divulgou a versão on-line do jornal "Wall Street Journal", nesta quarta-feira (13).
Se o acordo se concretizar, a News Corp terá uma participação de 20% no Yahoo!, afirma a publicação, citando fontes ligadas às negociações. O valor inclui pagamento em dinheiro e a participação no negócio de um fundo de investimentos.
A aliança prevê uma combinação do Yahoo com os ativos na internet da News Corp -- entre eles, o MySpace. Esse projeto permitirá ao Yahoo! manter sua independência, no momento em que a Microsoft parece decidida a adquirir o pioneiro da web.
A entrada em cena da News Corp, o grupo do magnata Rupert Murdoch (do qual fazem parte a Dow Jones, “Wall Street Journal”, FOX News e 20th Century Fox, entre outras empresas), completa a lista de possíveis "salvadores" da mídia e do setor tecnológico mencionados nos últimos dias para socorrer o Yahoo!. AOL, Disney e Google também foram citados.
Microsoft
A proposta da Microsoft, composta metade em dinheiro e metade em ações, foi feita em 1º de fevereiro. Quando foi anunciada, a oferta equivalia a US$ 44,6 bilhões de dólares. Desde então as ações da Microsoft caíram e um acordo valeria agora US$ 41,7 bilhões.
Na segunda-feira (11), o Yahoo rejeitou a oferta da Microsoft justificando que ela não faz juz à vasta audiência do Yahoo, investimentos em publicidade on-line, geração de caixa e perspectivas de crescimento global. A Microsoft respondeu no mesmo dia dizendo que sua oferta era "completa e justa", mas não informou se vai ou não melhorá-la.
A expectativa de analistas é que a Microsoft eleve sua oferta para pelo menos US$ 35 por ação, mas alguns acreditam que ela pode chegar a até US$ 40 por ação.
O Yahoo continua a perder fatia de mercado em buscas para seu grande rival, o Google. Na semana passada, a empresa decepcionou Wall Street com sua previsão de receita para 2008 que foi acompanhada de promessa de corte de empregos e de intenção de maiores investimentos em anúncios on-line.
Com informações da AFP e Reuters
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