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Economia
Quarta - 13 de Fevereiro de 2008 às 15:22

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta quarta-feira (13), durante audiência na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, que frigoríficos exportaram carne não-rastreada para a União Européia.

“Hoje eu tenho certeza disto: eles [frigoríficos] exportaram para a União Européia carne rastreada e não-rastreada”, disse, de acordo com a Agência Senado. O Ministério da Agricultura confirmou a informação ao G1.

Segundo a Agência Senado, o ministro defendeu que os frigoríficos "assumam um posição de liderança quanto a essa questão, apoiando os produtores que vendem carne rastreada". Para vender à União Européia, uma fazenda precisa rastrear o produto, garantindo que o gado exportado não teve contato com rebanhos contaminados (com febre aftosa, por exemplo).

Certificação

Desde o ano passado, o Brasil vem enfrentando a desconfiança da União Européia no que se refere às condições sanitárias da carne exportada para o continente.

Por isso, a União Européia solicitou que uma lista de fazendas certificadas fosse elaborada - quando o país enviou uma lista de 2,8 mil propriedades, a UE entendeu que a fiscalização não poderia ter sido feito em todas as fazendas e determinou o embargo.

O bloco previa o cadastramento de 300 propriedades para fornecimento de animais para os frigoríficos. Depois da determinação do embargo, o governo brasileiro concordou em reduzir a lista para cerca de 600 propriedades.

Os certificados de exportações que permitem o embarque para o bloco deixaram de ser emitidos pelo Ministério da Agricultura no dia 1º de fevereiro.

O Brasil exportou em janeiro US$ 146 milhões em carnes para os países da UE. Esse volume representou 40% do total das vendas externas do produto. Em 2007, as exportações de carne brasileira para o bloco totalizaram US$ 1,08 bilhão, de acordo com números do governo.

'Surpresa'

O ministro da Agricultura disse também que ficou surpreso com o embargo determinado em fevereiro, pois havia recebido avaliações positivas da União Européia sobre o controle sanitário brasileiro no fim do ano passado.

“Agora a União Européia nos surpreende na radicalização da medida que ela adota, já que eu conversei com três representantes da União Européia em novembro. Os três haviam me informado que haviam notado um grande progresso na área de aftosa e de sanidade em relação à última visita”, disse Stephanes aos senadores.





Fonte: G1

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