Produtores de Mato Grosso pedem auxilio ao Ministro
O ministro da Agricultura, Reinold Stephanes, prometeu dialogar novamente com equipes do governo no sentido de encontrar uma solução para os 37 municípios impactados com o decreto presidencial de n 6.321, que proibiu novos desmatamento nas áreas da Amazônia Legal, somente em Mato Grosso são 19.
O ministro recebeu as lideranças mato-grossenses atendendo ao pedido do deputado Homero Pereira (PR-MT). De acordo com o deputado, Stephanes compreendeu a importância de ouvir as angústias dos municípios. "Aqui estão apenas uma amostra da angústia que acometeu o pessoal no campo. Não queremos que esse problema evolua para a subordinação e a insanidade", frisou o deputado ao ministro.
Reinold Stephanes afirmou que irá defender os legalistas, os que desmataram no momento em que era permitido, junto ao governo. "Não vou defender aqueles que agem ilegalmente, de má fé, mas farei tudo que posso para encontrarmos solução para que desmatou dentro do que a lei permitia", reiterou. Os municípios de Mato Grosso atingidos pela penalidade foram Alta Floresta, Aripuanã, Brasnorte, Colniza, Confresa, Cotriguaçu, Gaúcha do Norte, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Nova Maringá, Nova Ubiratã, Paranaíta, Peixoto Azevedo, Porto dos Gaúchos, Querência, São Félix de Araguaia e Vila Rica .
Na Câmara dos Deputados, os presidentes da Famato, Rui Prado, da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, E da Associação Mato-grossense de Algodão (Ampa), Sérgio De Marco, reforçaram apelo à bancada de Mato Grosso para solucionar os problema ambientais e de renda do agronegócio. "Tudo que podíamos fazer no âmbito técnico para solucionar problemas e devolver renda ao setor já fizemos. Precisamos de apóio político nessa luta independente da cor partidária", disse Rui Prado. As entidades mostraram com dados que a situação de Mato Grosso e mais séria do que se pensa. Nas últimas quatro safras, o estado acumula um saldo negativo de 35 sacas de soja por hectare. O equivalente a 80% de uma safra inteira.
Outro dado que mostra a gravidade das contas do agricultor em quitar suas dívidas. Segundo as entidades uma colheitadeira adquirida em 2004 ao valor de R$ 640 mil, hoje chega a R$ 823 mil devido às taxas de juros pelo o não pagamento das prestações. E no mercado, o valor atual de uma nova gira em média R$ 540 mil e uma usada, R$ 320 mil. "Nem se o produtor vender o maquinário conseguirá pagar sua dívida com o fornecedor", conclui o deputado Homero Pereira.
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