Sindicato discute projetos com trablhadores rurais do Bojuí
De acordo com Claudiomar Barbacovi, tesoureiro do sindicato, esse contato direto com as comunidades auxilia na organização e na união da instituição. “Há pessoas que moram longe da sede do sindicato, outras que não possuem condução para ir até nós, e assim não tem como o sindicato saber o que o trabalhador está pensando. Quando nós vamos até as comunidades, conversamos com as pessoas, esclarecemos as dúvidas e passamos informações sobre os projetos do sindicato”, disse.
Atualmente, o projeto para a região do rio Preto é a plantação de 600 hectares de pinhão manso, em parceria com investimento privado. Lecindo Pedro da Silva, presidente do sindicato, explicou que nesse projeto o produtor terá um retorno financeiro de cerca de um salário por mês: “Os produtores já receberam o pinhão plantado. Agora eles precisam cuidar da plantação e nós vamos monitorar para que não aconteçam problemas”.
Com esse projeto, o sindicato atinge um grande objetivo: incentivar a agricultura familiar sustentável. “Nós não queremos que o trabalhador saia de casa para procurar serviço, nós queremos que ele tenha seu próprio negócio, gerando renda e emprego dentro das próprias comunidades rurais”, disse Lecindo.
Comunidades
A Bojuí abriga hoje 276 famílias, divididas em cinco setores: Rio Preto, Agrovila, Chapadão, Pombal e Butina. A reunião aconteceu no lote do casal Valdivino Gonçalves de Oliveira e Maria Ferreira de Oliveira, onde o sindicato doou algumas telhas para o local de reuniões. “Isso daqui é ponto de encontro do pessoal do assentamento. Aqui a gente faz assim, tudo é comunitário”, disse o proprietário.
O sindicato ainda visitou, no dia 27 de janeiro, o assentamento do Caeté, que abriga 230 e se divide em quatro setores: Predinho, Balala, Brachiaria, e Rio Preto. Na região, o projeto maior é a plantação de soja, sendo que a reunião foi feita no setor Rio Preto.
Outros projetos
Junto com o pinhão manso, outros projetos estão acontecendo no município de Diamantino. Há o de seringueira, em parceria com o governo estadual, que são 68 hectares e que possui dois objetivos: reflorestamento de áreas degradadas do assentamento e geração de renda.
Tem um projeto da criação de cabras, programa do governo federal que capacita 50 jovens na caprinocultura e que já está em início da fase prática. O governo federal deu toda a infra-estrutura, que foi essencial para esse projeto.
Ainda há o projeto da cooperativa de crédito, já aprovado pelo Banco Central, e que deve sair ainda este ano. O projeto da soja com mil hectares plantados na Caeté; o de crédito fundiário para a comunidade de Sumidouro, onde 24 famílias produzirão frutas e derivados do leite.
“O objetivo do sindicato é fazer uma organização na qual as pessoas tenham entendimento e possam trabalhar no coletivo, que é através do coletivo que sai os bons projetos para que nos possamos estar lutando. O desafio maior é que ele tenha auto sustentabilidade no assentamento, dentro da sua propriedade”, declarou Lecindo.
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