Japão protesta contra suposto estupro de menina por militar americano
O Japão enviou um protesto oficial aos Estados Unidos contra o suposto estupro de uma menina japonesa de 14 anos por um marine na ilha de Okinawa, onde o Exército americano mantém várias bases militares, anunciou nesta terça-feira a agência de notícias Kyodo.
O primeiro-ministro do Japão, Yasuo Fukuda, qualificou o fato como "inadmissível" e se referiu ao possível impacto do assunto em um plano bilateral entre Japão e EUA para reordenar as tropas americanas baseadas no arquipélago japonês.
O ministro da Defesa, Shigeru Ishiba, também se referiu ao assunto, ao afirmar que se incidentes desta natureza se repetirem terão "um grande impacto" nas relações entre os dois países.
Nesta terça, um porta-voz da Embaixada americana em Tóquio prometeu a cooperação "completa" com a investigação.
As autoridades japonesas prenderam o marine Tyrone Hadnott, 38, que negou a acusação, mas que admitiu ter beijado a menina à força.
Aparentemente, Hadnott se ofereceu a levar a menina para a casa dela de moto, mas seguindo para a residência do militar, onde ele tentou beijá-la.
Segundo o relato da polícia, ela começou a chorar, o que o fez dizer que a levaria para casa em seu carro, onde posteriormente foi atacada.
Depois que a menina saiu com o marine, seus amigos tentaram telefonar para ela várias vezes.
Em uma delas a vítima respondeu e pediu ajuda, o que fez com que os amigos da moça tenham chamado a polícia.
O incidente trouxe à memória da população de Okinawa, no extremo sul do arquipélago japonês, o estupro de uma menina de 12 anos por três soldados americanos em 1995, o que provocou grandes protestos na ilha.
O fato levou ao reposicionamento de uma das bases dos EUA e à remoção de outras instalações do Exército americano em Okinawa.
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