Microsoft vai insistir na compra do Yahoo, diz jornal
De acordo com o jornal, horas após o Yahoo rejeitar oficialmente a proposta inicial da Microsoft, chamando-a de ‘muito reduzida’, a gigante dos softwares retrucou dizendo que a resposta do portal era “infeliz” e classificando sua oferta como “justa”.
A Microsoft havia oferecido US$ 31 por ação do Yahoo, o que equivale a cerca de US$ 45 bilhões.
Segundo o “New York Times”, a resposta da Microsoft sugere que, pelo menos por enquanto, a companhia não vai aumentar o valor de sua proposta.
“Acho que a empresa deixou bem claro que não vai desistir da compra”, declarou em entrevista ao jornal Ryan Jacobs, administrador do fundo Jacob Internet, que tem entre seus clientes o próprio Yahoo.
Sob pressão
Especialistas ouvidos pela reportagem do jornal disseram que a Microsoft pode aumentar a pressão sobre a diretoria do Yahoo, levando sua oferta diretamente aos acionistas do portal. Um desses acionistas declarou acreditar que “as respostas trocadas pelas companhias representam os primeiros estágios de uma negociação”.
A Microsoft afirmou que muitos dos donos de ações do Yahoo, quando consultados, se declararam favoráveis à venda. “Com base em conversas com acionistas de ambas as companhias, estamos confiantes que a conclusão da venda atende aos interesses de ambas as empresas”, declarou a fabricante de softwares.
Por sua vez, a Yahoo informou que seu conselho de diretores “continua avaliando todas as suas opções estratégicas”.
No entanto, a empresa atravessa um momento difícil. No mês passado a companhia anunciou que irá dispensar de cerca de 1.000 empregados, embora alguns possam se candidatar para outros cargos na empresa. Um funcionário teria indicado ao jornal que os cortes podem ser concretizados ainda esta semana.
Na semana passada, fontes próximas ao caso disseram que o Yahoo poderia considerar uma aliança de negócios com seu rival de buscas na internet, o Google, como forma de rejeitar a oferta da Microsoft. A empresa também pode tentar uma aproximação com a AOL, publicou o jornal "Times of London". A controladora da AOL, Time Warner, não comentou o assunto.
Comentários