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Policia MT
Quarta - 29 de Maio de 2013 às 06:55
Por: ADILSON ROSA

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Investigações do Gaeco usaram escutas telefônicas, que confirmaram a participação de cada um dos integrantes do bando
Investigações do Gaeco usaram escutas telefônicas, que confirmaram a participação de cada um dos integrantes do bando
Dois policiais militares e um suplente de vereador estão entre os 16 presos numa operação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), coordenado pelo Ministério Público do Estado (MPE), e a Polícia Militar. Eles são suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em assalto a estabelecimentos comerciais na Grande Cuiabá. As investigações apontam que o grupo também tinha envolvimento com o tráfico de drogas. 

 
 
Os militares presos são os soldados Augusto Carlos de Campos e Edmar Lima Barreto, ambos lotados em batalhões da Capital. Já o suplente de vereador é Antônio Marcos do Nascimento Lemos, conhecido como Marcos Baiano. 

 
 
Segundo a denúncia, os PMs davam informações privilegiadas aos demais integrantes do grupo. Os soldados ainda forneciam armas para as ações criminosas, além de ter papel importante na hora de “esquentar” os carros adquiridos de forma ilícita. 

 
 
Conseguir documentos falsos ficava a cargo deles, que usavam o trabalho de Hamilton Scheneider da Costa Filho e Bruno Aparecido Maza, responsáveis pela confecção dos papéis, conforme consta na denúncia. 

 
 
Outra importante ação dos PMs era na cobrança dos usuários de drogas que não pagavam o entorpecente adquirido com a quadrilha. Consta na denúncia que viaturas oficiais eram usadas no serviço criminoso, inclusive para entregar marmitas aos ladrões. O MP afirma que “agentes da lei se comportavam como verdadeiros serviçais dos traficantes”. 

 
 
Na denúncia, interceptações telefônicas mostram a relação dos PMs com a quadrilha. “No dia 21/06/2012 às 19h57m38s, Edmar, em diálogo com Fernando Rodrigues Leite, comenta que não quer falar ao telefone, mas que teria uma "caneta zerada" (arma de fogo nova). Edmar diz que ligará para Fernando para poderem tratar do assunto”. 

 
 
A quadrilha era coordenada por Jorge Adriano Santana de Campos, conhecido como “Pezão”. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) e passava as ordens pelo celular. Ele dividia a função com Simone Maria Santana Coronel. 

 
 
Oscarlino da Silva Evangelista, Thiago Luis do Amaral Duarte, Paulo Alves Matos e Fernando Rodrigues Leite eram chamados de “Comissão de Frente”. Eles entravam armados nos estabelecimentos, anunciavam o assalto e levavam dinheiro e objetos de valor. 

 
 
Enquanto isso, Marcos Baiano e André Luis de Souza Rondon davam apoio ao trio e faziam o resgate dos integrantes da comissão de frente. 

 
 
Entre as ações atribuídas ao grupo está o assalto ao posto Locatelli, no Distrito Industrial de Cuiabá, e ainda ao Frigorífico Pantaneira, localizado no Jardim Paula 2, em Várzea Grande. 

 
 
No roubo a posto Locatelli, Leandro Neves Oliveira teve papel importante. Ele era funcionário da empresa e passou as informações necessárias para a ação. 

 
 
TRÁFICO - Antônio Henrique de Carvalho Neto era responsável por fornecer drogas aos integrantes do bando, além de intermediar a venda e compra de carros de origem ilegal. 

 
 
Os acusados Roberto Benedito de Santana, conhecido como Beto, e Marcos Máximo Santana, conhecido como Kito, já estão na Penitenciária Central do Estado e de lá fazem encomenda de entorpecentes. O material é para atender à demanda no interior da unidade. 

 
 
Os presos pelo Gaeco são: Marcos Baiano, Oscarlindo da Silva Evangelista, Antônio Henrique de Carvalho Neto, Marcos Máximo Santana, Bruno Aparecido Maza e os PMs Augusto Carlos de Campos e Edmar Lima Barreto, além Jorge Adriano Santana de Campos e Roberto Benedito de Santana Beto. A lista se completa com Fernando Rodrigues Leite, Leonardo Neves Oliveira, André Luiz de Souza Rondon, Thiago Luis do Amaral Duarte, Paulo Alves de Matos, Simone Maria Santana Coronel e Hamilton Scheneider da Costa Filho.





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