Juiz acompanha de perto trabalho de reeducandos em Araputanga

O trabalho de ressocialização desenvolvido na Cadeia Pública de Araputanga tem como um dos beneficiários diretos a própria sociedade. Os reeducandos de baixa periculosidade e que apresentam bom comportamento prestam serviços de limpeza de pátios, terrenos de escolas públicas estaduais e municipais e na recuperação de vias públicas. A parceria do Poder Judiciário local com o executivo municipal tem como objetivo promover a reinserção daqueles que estão encarcerados e auxiliar a população local.

Outro dado que contribui para manter a tranqüilidade na unidade prisional é a presença constante do magistrado junto aos presos. “Pelo menos uma vez na semana vou pessoalmente à cadeia pública. O preso sabe como está o andamento do seu processo e essa informação leva ao detento conforto. Trabalho dentro de um controle rigoroso dos prazos para progressão das penas. Os presos têm a confiança que nenhum deles irá ficar um dia se quer a mais do que o necessário”, relatou o juiz corregedor da cadeia de Araputanga, Jorge Alexandre Martins Ferreira.

A iniciativa de envolver os reeducandos em trabalhos junto à comunidade, segundo o juiz, foi desencadeada há dois anos e já colhe frutos. “Desde que começamos a trabalhar com a ressocialização, nenhum caso de fuga ou rebelião foi registrado no município”, destacou.

Conforme o magistrado o trabalho contribui diretamente na melhoria da qualidade de vida dos que estão inseridos no sistema prisional e com isso reduz a insatisfação por estarem encarcerados. “Além de melhorar a qualidade de vida dentro da unidade carcerária, os reeducandos e presos provisórios têm a oportunidade de trabalhar, o que reflete diretamente para diminuir possíveis revoltas”, ressaltou o juiz.

Os reeducandos têm direito a um dia de remição de pena, a cada três dias trabalhados. Um dos requisitos para escolher quem poderá trabalhar fora da unidade prisional é o bom comportamento. Atualmente, a cadeia pública do município tem 30 homens, entre presos provisórios e reeducandos. Destes, oito prestam serviços a comunidade.

CARNAVAL – Os reeducandos da cadeia pública de Araputanga, com a devida autorização do juiz corregedor Jorge Alexandre Ferreira, também participaram da montagem e desmontagem da infra-estrutura que abrigou os festejos do carnaval no município. Eles ainda contribuíram com a limpeza do local, após cada noite de festa.