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Internacional
Segunda - 11 de Fevereiro de 2008 às 15:22

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O primeiro-ministro do Timor Leste, Xanana Gusmão, decretou toque de recolher e estado de emergência de 48 horas em todo o país depois do ataque contra o presidente, José Ramos-Horta, nesta segunda-feira.

Ramos-Horta continua internado em estado grave em um hospital na cidade de Darwin, na Austrália, depois de ter sido baleado em sua casa nos arredores de Dili, a capital do Timor Leste.

Gusmão também foi alvo de uma emboscada na segunda-feira de manhã quando saía de sua residência em direção ao Palácio do Governo.

Ele escapou sem ferimentos. Seu veículo, junto com o de sua segurança pessoal, foi atingido por tiros, mas todos os ocupantes saíram ilesos.

Segundo um comunicado de imprensa divulgado pelo gabinete do premiê, o ataque contra Ramos-Horta ocorreu por volta das 07h00 locais (20h00 de domingo em Brasília) e foi liderado por Alfredo Reinado, um conhecido líder rebelde no país.

O presidente estava do lado de fora de sua casa, quando ouviu tiros e tentou retornar para dentro da residência. Foi durante este trajeto que ele teria sido alvejado por três tiros, um no abdômen e dois no peito.

Reinado e outro integrante do seu grupo, ainda não indentificado, foram mortos na troca de tiros. Um soldado das forças de segurança teria ficado gravemente ferido.

Reinado foi um dos protagonistas da onda de violência que varreu o país em 2006, após sua expulsão do Exército junto com outros 598 militares.

Na ocasião, pelo menos 37 pessoas foram mortas em várias semanas de combates e mais de 150 mil timorenses foram obrigados a deixar suas casas.

Reinado, um ex-comandante naval, foi acusado de envolvimento em diversos tiroteios e de assasinato.

Ele escapou da prisão, e, com um grupo de seguidores, se entrincheirou nas montanhas, recusando-se a se entregar às autoridades.

Gusmão anunciou nesta segunda-feira que Vicente Guterres, vice-presidente do Parlamento, assumiu a Presidência da República interinamente.

O premiê garantiu aos jornalistas que a situação em Dili é estável e apelou à população para manter a calma.





Fonte: BBC Brasil

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