Preço do pãozinho não deve cair
Em São Paulo, o reajuste no preço do pão em 2007 foi de 9,18%. Em Porto Alegre (RS), a alta foi de 8,51%; em Belo Horizonte (MG), de 7,72%; em Fortaleza (CE), de 3,52%; no Rio de Janeiro, de 2,37%; e em Curitiba (PR), de 2,22%.
Só em janeiro deste ano, o aumento do pãozinho foi de 1,33% em São Paulo. O reajuste no preço do pão é reflexo do preço do trigo, que está em alta no mercado internacional por causa do aumento do consumo.
No Brasil, a situação é mais delicada porque, de cada dez sacos de farinha que é consumido, seis são produzidos com trigo argentino. Além disso, em menos de um ano, o país vizinho interrompeu duas vezes as exportações do produto.
Para garantir o abastecimento e evitar aumento de preço, o governo brasileiro reduziu de 10% para zero o imposto de importação do trigo para os países de fora do Mercosul, que já é isento. A decisão vale para a importação de um milhão de toneladas até 30 de junho.
A indústria quer mais 3 milhões de toneladas para assegurar a oferta até a próxima safra. No entanto diz que a medida, pelo menos, evita um novo reajuste. "Ela evita um aumento de 16% no produto final", disse Luiz Martins, da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).
Porém, para o economista Márcio Nakane, o pão deveria ficar mais barato. "A gente espera que o preço do pão francês, por conta dessa medida, tenha uma queda, uma redução da ordem de 3%, que é uma queda importante para o consumidor".
Já os donos de padarias dizem que não têm como reduzir os preços. "Nós precisávamos no ano passado ter repassado um aumento em termos de 12%, repassamos só 5%, com isso não tem condições de baixar o preço do pão", destacou Antero José Pereira, da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria.
Comentários