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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 11 de Fevereiro de 2008 às 07:01

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Nenhum alimento é tão popular quanto ele, mas o preço do pãozinho está cada vez mais impopular. No ano passado, segundo o IBGE, o produto teve reajuste de 7,93% no Brasil, sendo que as maiores altas foram registradas em Belém (PA), com 16,35%, em Salvador (BA), com 11,3%, e no Recife (PE), com 10,27%.

Em São Paulo, o reajuste no preço do pão em 2007 foi de 9,18%. Em Porto Alegre (RS), a alta foi de 8,51%; em Belo Horizonte (MG), de 7,72%; em Fortaleza (CE), de 3,52%; no Rio de Janeiro, de 2,37%; e em Curitiba (PR), de 2,22%.

Só em janeiro deste ano, o aumento do pãozinho foi de 1,33% em São Paulo. O reajuste no preço do pão é reflexo do preço do trigo, que está em alta no mercado internacional por causa do aumento do consumo.

No Brasil, a situação é mais delicada porque, de cada dez sacos de farinha que é consumido, seis são produzidos com trigo argentino. Além disso, em menos de um ano, o país vizinho interrompeu duas vezes as exportações do produto.

Para garantir o abastecimento e evitar aumento de preço, o governo brasileiro reduziu de 10% para zero o imposto de importação do trigo para os países de fora do Mercosul, que já é isento. A decisão vale para a importação de um milhão de toneladas até 30 de junho.

A indústria quer mais 3 milhões de toneladas para assegurar a oferta até a próxima safra. No entanto diz que a medida, pelo menos, evita um novo reajuste. "Ela evita um aumento de 16% no produto final", disse Luiz Martins, da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).

Porém, para o economista Márcio Nakane, o pão deveria ficar mais barato. "A gente espera que o preço do pão francês, por conta dessa medida, tenha uma queda, uma redução da ordem de 3%, que é uma queda importante para o consumidor".

Já os donos de padarias dizem que não têm como reduzir os preços. "Nós precisávamos no ano passado ter repassado um aumento em termos de 12%, repassamos só 5%, com isso não tem condições de baixar o preço do pão", destacou Antero José Pereira, da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria.





Fonte: G1

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