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Nacional
Segunda - 11 de Fevereiro de 2008 às 01:44

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Brasília - A falta de transparência na divulgação de dados oficiais do governo não se restringe apenas aos gastos com cartões de crédito corporativos. Às vésperas de fechar mais um novo acordo bilionário de renegociação da dívida agrícola, o Ministério da Fazenda vetou a divulgação de informações sobre o volume de dinheiro negociado nos últimos anos, o perfil dos maiores beneficiários (grandes, médios e pequenos produtores) e quanto a ajuda oficial já custou ao contribuinte brasileiro.

Nos últimos 15 anos, o governo federal já fechou, pelo menos, oito grandes acordos de socorro ao setor - um a cada dois anos - sem levar em consideração ajudas pontuais a produtores de safras com dificuldades. E até o fim de março, a equipe econômica prometeu apresentar uma proposta de renegociação de dívidas do setor. Os ruralistas querem renegociar R$ 130 bilhões, enquanto a equipe do ministro da Fazenda, Guido Mantega, já anunciou que pretende rever, no máximo, R$ 40 bilhões do endividamento.

Principal entidade financiadora dos produtores rurais, o Banco do Brasil (BB) também não divulga o custo e o volume das renegociações de dívidas nos últimos 15 anos. Com o argumento de que o balanço será divulgado em breve, a assessoria do BB informou apenas o volume de empréstimos ao setor até o terceiro trimestre de 2007. Do total de R$ 150 bilhões da carteira de crédito do BB, R$ 48,4 bilhões até setembro do ano passado eram ao setor rural. Em 2006, o crédito rural fechou em R$ 45,1 bilhões, ante R$ 35,7 bilhões em 2005. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.





Fonte: AE

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