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Polícia Brasil
Sábado - 09 de Fevereiro de 2008 às 14:30

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A polícia descobriu que o assassinato do empresário do ramo do calcário José Carlos Guimarães, 67, ocorrido na semana passada, foi encomendado pelo próprio filho da vítima. Carlos Renato Gonçalves Guimarães, conhecido como “Tato”, estava brigado com o pai e é herdeiro da fortuna da família, que comanda uma das maiores empresas do ramo no Estado, a Reical Indústria Comércio de Calcário, cujo faturamento no ano passado foi em torno de R$ 13 milhões.

Conforme a polícia, Tato contratou dois pistoleiros para matar o pai. Além deles, mais duas pessoas colaboraram com a fuga dos executores e um outro teria contratado os assassinos.

Pela execução, três pessoas já estão presas – o filho do empresário, considerado o mentor do crime, o comerciante Welisson Rodrigues Feitosa, o “Tampa”, e Celso Guimarães. Outros dois participantes estão foragidos. Todos estão com prisão temporária decretada por 30 dias.

Segundo o delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o motivo do crime seria “ambição”. As investigações apontam que as relações entre pai e filho estavam se deteriorando, a ponto do empresário tirar, na Justiça, a guarda da neta de oito anos, filha de Tato. A menina presenciou a execução do avô.

Os dois responsáveis pela fuga dos pistoleiros receberiam R$ 3 mil cada pela participação no crime. Eles colocaram os executores num Santana e levaram para fora da cidade. O valor recebido pelos pistoleiros não foi revelado. O assassinato mostrou o surgimento de uma nova figura no mundo do crime – o “assistente de pistolagem”. Este seria responsável em apontar a vítima para o executor.

Pelo esquema, Welisson seria o responsável pela contratação dos pistoleiros e dos responsáveis pela fuga, para nada dar errado. Como pagamento, receberia 20 cabeças de gado. Existe a suspeita que teria acertado um valor em dinheiro.

Conforme as investigações, Carlos Renato e Welisson eram amigos e, há cerca de 30 dias, havia o comentário de que o filho do empresário estava muito irritado com o pai. Para os policiais que trabalham no caso, seria o indício de que iniciavam a trama do assassinato. Até o fechamento desta edição, Carlos Renato não tinha sido interrogado pelo delegado.

Welisson foi preso, ontem de manhã, em São José do Rio Claro (a 310 quilômetros da Capital) e chegou a Cuiabá no início da noite. Policiais da DHPP se deslocaram até a cidade para prender o comerciante. Carlos Renato e Celso foram presos em Cuiabá.

CRIME - O empresário estava em férias no estado do Pará chegando a Cuiabá no dia 27 de janeiro. Na segunda-feira subseqüente, ele se reuniu com funcionários na empresa, localizada na avenida Beira Rio. Na terça-feira à noite, ligou para o advogado Jotabairu Francisco Nunes para uma reunião de rotina. No momento em que estava no escritório, saiu para rua. Dois homens o esperavam. Um deles perguntou o nome e o outro atirou.





Fonte: Diário de Cuiabá

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