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Polícia Brasil
Quinta - 07 de Fevereiro de 2008 às 20:02

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O procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, deu parecer favorável para a extradição do traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía para os Estados Unidos.

Agora, cabe ao ministro Eros Grau do STF (Supremo Tribunal Federal) analisar o parecer do Ministério Público Federal.

Abadía foi preso no dia 7 de agosto do ano passado em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra (Grande São Paulo). Ele é apontado pelo DEA (Drug Enforcement Administration, a agência antidrogas norte-americana) como um dos maiores traficantes do mundo e um dos líderes do cartel do Norte do Vale, na Colômbia.

No Brasil ele foi denunciado sob acusação de lavagem de dinheiro, uso de documento falso, formação de quadrilha e corrupção ativa.

O colombiano teria fugido para o Brasil em 2004 após o pedido de extradição formulado pelos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, Abadía é acusado de traficar drogas no Colorado e em um dos distritos de Nova York e, como líder do cartel, teria enviado mil toneladas de cocaína para aquele país. Ele ainda é acusado de ordenar 315 assassinatos --300 na Colômbia e 15 nos EUA.

O governo americano oferecia recompensa de US$ 5 milhões (R$ 9 milhões) pela captura do traficante colombiano.

O pedido de extradição do colombiano foi feito pelo governo americano no dia 18 de outubro de 2007, dentro do prazo estipulado no tratado de extradição firmado entre os dois países --60 dias a partir da data em que a embaixada americana foi informada sobre a prisão preventiva.

Tentativa de acordo

Em janeiro deste ano Abadía entregou ao Ministério Público Federal uma proposta de entregar entre US$ 30 e US$ 40 milhões, que estariam escondidos no país, em troca de uma lista de benefícios, começando pela anulação de sua pena e sua extradição para os Estados Unidos.

Até ser extraditado, o traficante pediu para ser transferido para um presídio com menos segurança em Itaí (301 km a oeste de São Paulo). Atualmente, ele está no presídio federal de segurança máxima em Campo Grande (MS).

O traficante também ofereceu a delação de um brasileiro que trabalharia para ele e outras três pessoas de sua organização criminosa, que estariam fora do Brasil, à Justiça dos EUA. Como último pedido, o colombiano quer a extinção da pena de sua mulher, Yessica Paola Rojas Morales.

A Justiça Federal rejeitou a proposta.





Fonte: Folha Online

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